Estado de Minas CULTIVO

Zoológico de BH é referência na produção de comida natural para animais

Área de 60 mil m² produz hortaliças e capim, reduz gastos e garante alimentação saudável a espécies como elefantes, antas e hipopótamos


postado em 04/09/2025 09:35 / atualizado em 04/09/2025 09:45

O espaço reúne 38 canteiros de horta, com variedades como alface, almeirão, couve, acelga, mostarda, cebolinha, salsa e ramas de batata-doce(foto: Suziane Brugnara)
O espaço reúne 38 canteiros de horta, com variedades como alface, almeirão, couve, acelga, mostarda, cebolinha, salsa e ramas de batata-doce (foto: Suziane Brugnara)
O Zoológico de Belo Horizonte mantém uma área agrícola de cerca de 60 mil metros quadrados dedicada à produção de alimentos que abastecem a dieta de seus animais. A iniciativa garante colheitas anuais de mais de 21 mil quilos de hortaliças e 145 mil quilos de capim, segundo a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB).

O espaço reúne 38 canteiros de horta, com variedades como alface, almeirão, couve, acelga, mostarda, cebolinha, salsa e ramas de batata-doce. Também são cultivados legumes, milho, feijão e uma lista extensa de frutas, entre elas mamão, manga, jabuticaba, jaca e acerola. A cada ano, apenas os canteiros de alface e almeirão rendem aproximadamente 12 mil pés.

A maior parte do terreno é ocupada pela capineira, que soma cerca de 31 mil metros quadrados. O cultivo de quatro tipos de capim-elefante — napier, cameroon, capiaçu e BRS kurumi — sustenta a dieta de herbívoros como hipopótamos, elefantes, antas, cervídeos e bovídeos. O manejo é feito de forma rotativa, permitindo cortes sucessivos ao longo do ano.

De acordo com a zootecnista Melina Fernandes, responsável pela Seção de Nutrição, a prática busca oferecer uma alimentação mais natural e livre de agrotóxicos aos animais. “Isso reflete no bem-estar e na saúde deles”, afirma.

O presidente da FPMZB, Gelson Leite, ressalta que o Zôo de BH é referência no Brasil nesta iniciativa. “A produção possibilita que a gente caminhe para a sustentabilidade, fortalecendo a qualidade de vida dos animais que vivem no Zoológico”, destaca.

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