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Estado de Minas BEM-ESTAR

Genética pode estar ligada à disfunção erétil

Estudo descobre variante que eleva risco de impotência


postado em 09/10/2018 11:25 / atualizado em 09/10/2018 11:25

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Homens que possuem cópia de determinada variante genética têm risco 26% maior de apresentar impotência sexual em comparação com o restante do público masculino. A informação consta de um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e que foi divulgado pela agência francesa de notícias AFP.

De acordo com o geneticista Eric Jorgenson, principal autor do estudo, a pessoa que possui duas cópias da mesma variante aumentam em 59% a chance de ter disfunção erétil. Os pesquisadores avaliaram um banco de dados composto por 36.649 pacientes dos centros de saúde Kaiser Permanente, do norte da Califórnia, nos Estados Unidos.

Um levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostra que 59% dos brasileiros de 40 a 69 anos já tiveram problemas de impotência. O risco médio da condição é de um em cada cinco homens, de acordo com estudo de 2007 realizado nos Estados Unidos, mas essa proporção cresce com a idade.

Fatores genéticos

O novo estudo divulgado pela AFP mostra que um terço do risco de disfunção erétil está ligado a fatores genéticos. A variante genética que Jorgenson e seus colegas identificaram representa, sozinha, 2% desse risco.

Os cientistas lembram que obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares também são fatores ligados à impotência sexual. "Sabemos que existem outros fatores para a disfunção erétil, incluindo tabagismo, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, e os homens que tratam desses fatores podem reduzir o risco de disfunção erétil. Como a identificação da região do DNA que parece agir independentemente desses fatores de risco, o desenvolvimento de novos tratamentos focados nessa variante genética tem potencial de ajudar os homens que não respondem aos métodos tradicionais", comenta Eric Jorgenson à agência de notícias.

Conforme o pesquisador, cerca de 50% dos homens não respondem aos tratamentos disponíveis para a disfunção erétil.

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