Um dos desafios dos cursos das áreas médicas no Brasil é o acesso a cadáveres para as aulas de anatomia. Muitas universidades e faculdades dependem da doação de corpos – de forma voluntária, em vida, ou de indigentes falecidos. Para ajudar na formação dos profissionais dessas áreas, a empresa americana Syndaver Labs fechou uma parceria com a startup brasileira Csanmek para fabricação e comercialização no Brasil de modelos humanos e caninos de treinamento e simulação cirúrgica.
Chamados de Syndaver Human e Syndaver Canine, os "bonecos" podem ser usados em cursos de Medicina (humana e veterinária). De acordo com as empresas, eles são desenvolvidos com textura e densidade similar às estruturas anatômicas reais e contêm todos os sistemas e órgãos dos corpos humano e canino, permitindo a realização de cirurgias, dissecações, entubações e demais procedimentos médicos e veterinários.
Em relação aos valores dos bonecos, a informação oficial é de que devem custar de R$ 200 mil a R$ 700 mil. "Eles são capazes de ter reações físicas e até mesmo sangrar durante uma cirurgia, podendo também ser cortados e suturados. Os protótipos sangram, respiram e empregam centenas de músculos, ossos, órgãos, veias e artérias substituíveis, todos feitos a partir de materiais que imitam as propriedades mecânicas, térmicas e físico-químicas do tecido vivo", informam as empresas em comunicado enviado à imprensa.
Além de ajudar na falta de corpos humanos para as diferentes aulas das áreas médicas, de acordo com a Syndaver, os modelos realísticos de caninos é uam forma de reduzir a necessidade de sacrificar animais nas faculdades.
"No Brasil, os modelos sintéticos vão integrar o sistema multidisciplinar dos cursos de formação médica e veterinária e serão utilizados junto com a plataforma de simulação cirúrgica e dissecação virtual, desenvolvida pela Csanmek e utilizada atualmente em cerca de 60 instituições de ensino no país. O equipamento funciona como uma mesa que exibe modelos tridimensionais altamente detalhados e anatomicamente corretos de todos os sistemas do corpo humano", explica a Csanmek no comunicado.