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Estado de Minas BEM-ESTAR

Cigarro eletrônico ajuda a largar o tabagismo, diz estudo

Cientistas descobriram que o e-cigarette é mais eficaz que outros métodos


postado em 01/02/2019 10:59 / atualizado em 01/02/2019 11:14

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Um estudo publicado no periódico científico New England Journal of Medicine na última quarta, dia 30 de janeiro, revela que o uso de cigarro eletrônico (e-cigarette) como forma de ajudar a reduzir o hábito de fumar se mostra mais efetivo do que outros produtos antitabagismo, como adesivos de nicotina.

A pesquisa contou com a participação de 886 adultos atendidos pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido no programa de apoio ao fim do tabagismo. Os cientistas pediram que os voluntários escolhessem entre repositores de nicotina e um kit inicial de cigarro eletrônico – contendo nicotina líquida na proporção de 18 mg por ml. Durante quatro semanas eles foram acompanhados psicologicamente. Após um ano a abstinência foi avaliada por um método bioquímico. Quem não quis providenciar a prova bioquímica não foi considerado abstinente.

Dos 886 avaliados, após um ano, a taxa de abstinência daqueles que usaram cigarro eletrônico chegou a 18%. Nos demais, que preferiram métodos alternativos de reposição de nicotina, a porcentagem de sucesso em relação ao vício do tabaco foi de 9,9%.

"E-cigarettes são mais efetivos para quem quer parar de fuamr do que terapias de reposição de nicotina. Todos os produtos tiveram acompanhamento psicológico", afirmam os pesquisadores na conclusão do estudo, que contou com profissionais de várias instituições britânicas, incluindo a Universidade Queen Mary de Londres, a King's College de Londres e a Universidade de York.

Apesar do resultado dessa pesquisa, é importante lembrar que a segurança dos cigarros eletrônicos não foi cientificamente demonstrada, e o risco potencial para a saúde do usuário ainda permanece indeterminado. "A maior parte dos problemas de segurança relacionada ao cigarro eletrônico é devida à ausência de regulação adequada e de inconsistências no seu controle de qualidade. A falta de regulação e de fiscalização resulta numa variabilidade grande na qualidade dos dispositivos, na quantidade de nicotina dispensada e nos demais constituintes do cartucho entre as diferentes marcas. Assim, o consumidor não tem como saber a real constituição do produto que está usando", diz trecho de estudo publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia e realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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