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Estado de Minas MERCADO

Estimativa de inflação volta a cair pela 7ª semana seguida

Segundo o Banco Central, IPCA deve ficar em 3,71%


postado em 10/12/2018 14:40 / atualizado em 11/12/2018 09:57


Como parte das consultas semanais do Banco Central (BC), as instituições financeiras reduziram mais uma vez a estimativa de inflação para este ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela sétima vez seguida, ao passar de 3,89% para 3,71%. Para 2019, a estimativa foi reduzida pela quinta vez consecutiva, passando de 4,11% para 4,07%. Em 2020, a expectativa do mercado é que a inflação oficial fique em 4%, a mesma projeção de 75 semanas atrás e, para 2021, houve ajuste de 3,78% para 3,75%.

As informações fazem parte do boletim Focus, publicado toda as segundas no site do BC, com estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.

A revisão na estimativa do IPCA ocorreu após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar que o índice registrou deflação de 0,21% em novembro e que acumula alta de 4,05% em 12 meses, abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.


Essa meta deve ser perseguida pelo BC, e o principal instrumento é a taxa básica de juros, a Selic. As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central esperam pela manutenção da taxa de juros em 6,5% ao ano, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa amanhã, dia 11 de dezembro, e termina na quarta (12).

Para as instituições financeiras, a Selic deve voltar a subir em 2019, encerrando o período em 7,5% ao ano. Na semana passada, a expectativa estava em 7,75% ao ano. A primeira reunião do Copom de 2019 ocorrerá em fevereiro.

A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC. Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Entretanto, os juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic. Segundo o BC, isso acontece porque a taxa é apenas uma parte do custo do crédito.

Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Atividade econômica

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – caiu de 1,32% para 1,3%, na segunda redução seguida.

Para 2019, a estimativa segue em 2,53%. As instituições financeiras projetam crescimento de 2,5% do PIB em 2020 e 2021.

Cotação do dólar

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar passou de R$ 3,75 para R$ 3,78 no fim deste ano e para 2019 permanece em R$ 3,8.

(com Agência Brasil)

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