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Estado de Minas MERCADO

Inflação de dezembro pesou mais para as classes de baixa renda

Segundo o Ipea, índice chegou a 2,1% para os mais pobres


postado em 15/01/2019 11:44 / atualizado em 15/01/2019 11:43

(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)

Pressionada pelos aumentos nos preços dos alimentos e do reajuste dos aluguéis, o indicador do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) de inflação por faixa de renda referente a dezembro do ano passado apontou inflação em dobro para classes com rendimentos mais baixos.

Divulgado nesta terça, dia 15 de janeiro, pelo Ipea, o indicador mostra que as famílias de menor poder aquisitivo "foram as mais afetadas pela inflação de dezembro, embora a alta de preços tenha se intensificado em todas as classes".

Segundo o levantamento, a inflação nos segmentos de renda mais baixa chegou a 2,1% (com salário menor que R$ 900), mais que o dobro do 0,9% verificado na variação de preços das classes mais ricas (ganhos acima de R$ 9 mil).

O indicador é calculado com base nas variações de preços de bens e serviços pesquisados pelo Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A variação para a baixa renda decorreu, sobretudo, do aumento dos preços de alimentos, principalmente produtos in natura como legumes, que chegaram a subir 9%; verduras (2,3%); frutas (3%); e carnes (2%). "Itens que pesam na cesta de consumo das classes mais baixas", diz o Ipea no comunicado à imprensa.

O Ipea avalia que a alta de itens de vestuário, como roupas femininas (2,3%), e o reajuste de 0,5% nos preços dos aluguéis "também exerceram pressão maior sobre a inflação das camadas de renda mais baixa, anulando, inclusive, o alívio proporcionado pela deflação de 2% das tarifas de energia".

Em contrapartida, o instituto aponta a queda de 4,8% no preço da gasolina como "o principal fator de descompressão inflacionária nas faixas de renda mais alta, que também se beneficiaram, ainda que em menor proporção, da redução das tarifas de energia elétrica".

Embora as famílias mais pobres tenham sofrido mais em dezembro, no acumulado de 12 meses a alta de preços neste segmento foi 3,5%, contra 3,9% nas faixas de renda mais alta.

(com Agência Brasil)

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