
O estudo mostra ainda que 24% das empresas estão em fase de aprendizado para incorporar a IA em seus processos e apenas 17% afirmam não utilizá-la. “O avanço no uso da inteligência artificial reflete uma mudança cultural e tecnológica dentro das organizações, que buscam integrar inovação à produtividade”, destaca o relatório.
O levantamento ainda revela que o uso das ferramentas de inteligência artificial no trabalho é predominante em alguns estados brasileiros. O Rio Grande do Norte lidera com 73% das empresas utilizando a tecnologia em atividades pontuais, seguido por Piauí (63%) e Rio Grande do Sul (60%). Minas Gerais, Santa Catarina e Pará registram 53%, enquanto Rio de Janeiro e Espírito Santo têm 51%. Também atingem 50% ou mais Paraíba, Rondônia e Tocantins.
Já no outro extremo, a Bahia (33%) e o Amazonas (32%) apresentam os menores índices de adoção, enquanto o Maranhão é o único estado em que a maioria das empresas (43%) declara não trabalhar com IA.
A adoção dessas ferramentas também varia conforme o segmento. Contabilidade (80%), Estética e Beleza (75%) e Seguros (67%) lideram a utilização em atividades pontuais. Setores como Jurídico e Agência/Mídia registram 62%, enquanto Tecnologia e Telecomunicações, apesar de serem áreas naturalmente associadas à inteligência artificial, alcançam 50%.
Alguns setores ainda enfrentam mais barreiras, como Farmacêutico, Governo e Órgãos Públicos, Saneamento e Meio Ambiente e Bens de Consumo, que lideram em respostas indicando estarem em processo de aprendizado. Em Bens de Capital e Eletrônicos, 46% das empresas afirmam não utilizar a tecnologia.
Treinamento ainda é desafio
Mesmo com o crescimento da adoção, 59% das empresas não ofereceram treinamentos ou desenvolvimento sobre IA a seus colaboradores no último ano. Apenas 41% investiram em capacitação, com destaque para Consultoria (80%), Seguros (67%) e Saneamento e Meio Ambiente (67%).
Essa lacuna chama a atenção do GPTW, que reforça a importância da qualificação. “Assim como qualquer inovação, a IA só atinge seu potencial máximo quando há preparo das equipes para utilizá-la de forma estratégica”, aponta o relatório.