
O humorista conta que sofria discriminação no bairro simples em que morava com a mãe, que o criou sozinha. "Nunca tive problemas em me assumir como gay, nunca tive dúvida ou sofri intimamente com isso. Quem devia sofrer eram os outros. Eu era o gay da rua, filho de mãe solteira e minha mãe não deixava barato! Se arrumava, se maquiava, bem anos 1980, coloca minissaia e ia para o trabalho", diz Evandro Santo.
O mineiro de 42 anos revela ainda que, assim como tantas outras crianças homossexuais, passou por 'maus bocados' na época da escola. "Os meninos me esperavam na saída da escola para bater. Quantas vezes a professora me salvou! Muitas vezes, eu até batia, porque era um contra um; mas, às vezes, eram vários e, aí, eu corria como podia", lembra Christian Pior na entrevista ao colunista do Uol.
Mas, apesar do sofrimento que vivenciou no ambiente escolar, Evandro afirma que, hoje, consegue até rir dessa fase de sua vida. "O engraçado é que muitos desses agressores, eu acabei 'pegando' nas noites de Uberaba. Hehehe... Vai entender a sexualidade humana", conta o humorista.
Ainda na conversa com Ricardo Feltrin, o integrante do programa Pânico revela que chegou a ter problemas com drogras, mas que conseguiu dar a volta por cima graças ao apoio dos amigos e até do Tutinha, diretor da rádio Jovem Pan e dono do programa humorístico comandado por Emílio Surita na Band. "Drogas não funcionam no processo de criar e nem no de atuar. Elas são recreativas só até certo ponto. Depois, sua cabeça e seu corpo não aguentam. É preciso parar", comenta Evandro Santo.