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Estado de Minas PATRIMÔNIO

Visitamos o histórico Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte

Antiga residência dos governadores de Minas será aberta ao público pela primeira vez em 64 anos de história


postado em 05/07/2019 14:26 / atualizado em 05/07/2019 15:00

O histórico Palácio das Mangabeiras: dois andares e (foto: Rafael Campos/Encontro)
O histórico Palácio das Mangabeiras: dois andares e (foto: Rafael Campos/Encontro)
O Palácio das Mangabeiras foi construído em 1955 para ser a residência oficial dos governadores de Minas Gerais. O primeiro ilustre morador foi Juscelino Kubitschek e o último, Fernando Pimentel. Em setembro, será a primeira vez que, nos 64 anos de história do local, os vigiados portões serão abertos ao público. Nesta sexta-feira (5), pela manhã, a imprensa pôde visitar o local e, como não poderia ser diferente, Encontro participou do "tour" pelas dependências.

O atual governador Romeu Zema (Novo), cumprindo uma promessa de campanha, optou por alugar outro imóvel para morar, próximo à Cidade Administrativa, deixando a tradicional residência no bairro nobre da região centro-sul para outras ocupações.

Com isso, em junho, o lugar passou a ser de responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), que confirmou a realização do primeiro evento no espaço, a Casa Cor BH 2019, tradicional feira de design de interiores e arquitetura. "Queremos que a cidade inteira venha", afirmou Eduardo Faleiro, um dos diretores da mostra. A ocupação do imóvel funcionará da seguinte maneira: durante seis meses, ele ficará com a Casa Cor, depois, o Palácio será liberado para demais atividades culturais.

Em contrapartida, uma série de melhorias terão que ser realizadas no imóvel pela Casa Cor. A ideia é que, nos próximos quatro anos (gestão Zema), os jardins, projetados pelo célebre paisagista Roberto Burle Marx, sejam recuperados conforme projeto original. A casa, cujo desenho inicial foi de Oscar Niemeyer, também irá receber intervenções sem desagradar as concepções originais e seguindo as diretrizes do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

A antiga residência oficial dos governadores, localizada aos pés da Serra do Curral, foi bastante modificada ao longo dos anos, mas ainda conserva traços interessantes, como pilastras de madeira de pinho de riga e piso de peroba do campo.

São dois andares. No primeiro, além de uma ampla sala, há pequenos escritórios, um deles foi utilizado como gabinete pelos políticos que ali habitaram. Há, ainda, um cineteatro, que, agora, deve receber intervenções para resgatar alguns aspectos originais. No segundo andar, há quatro pequenas suítes.

De acordo com Eduardo Faleiro, os custos de manutenção da casa (em torno de 2 milhões reais durante quatro anos), não sairão dos cofres públicos. Eles esperam, portanto, contar com a ajuda de leis de incentivo para a empreitada. Durante a Casa Cor, além do espaço interno, serão montados pavilhões externos no jardim.

Os coordenadores da mostra esperam quebrar o recorde de público este ano, quando são esperadas cerca de 70 mil pessoas. Até então, o maior número de visitantes foi registrado na edição de 2017. Naquela época, a Casa Cor era realizada num imóvel, também histórico, na rua Sapucaí, no bairro Floresta, e recebeu aproximadamente 50 mil pessoas.

Confira outras fotos do Palácio das Mangabeiras:

(foto: Rafael Campos/Encontro)
(foto: Rafael Campos/Encontro)

(foto: Rafael Campos/Encontro)
(foto: Rafael Campos/Encontro)

(foto: Rafael Campos/Encontro)
(foto: Rafael Campos/Encontro)

(foto: Rafael Campos/Encontro)
(foto: Rafael Campos/Encontro)

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