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Estado de Minas LITERATURA

Escritora Cris Guerra lança primeiro livro infantil

O Menino que Engoliu o Choro é a sétima obra da autora mineira


postado em 05/05/2021 23:33 / atualizado em 05/05/2021 23:33

(foto: Editora Guliver/Reprodução)
(foto: Editora Guliver/Reprodução)
(foto: Instagram/@eucrisguerra/Reprodução)
(foto: Instagram/@eucrisguerra/Reprodução)
A escritora mineira Cris Guerra lança seu sétimo livro. Desta vez, com a estreia na literatura infantil. A obra, intitulada O Menino que Engoliu o Choro, fala sobre a importância de se sentir os sentimentos - inclusive a tristeza e a vontade de chorar. A história conta o que acontece quando uma criança segue o conselho do pai e de fato engole o choro. Com ilustrações de Elton Caetano, o livro sai pela Gulliver Editora e está em pré-lançamento. Conversamos com a autora sobre a primeira experiência de escrita para crianças. Confira:

Qual é o tema do livro?

O título já remete a algo que todos nós já vivemos, que é não poder chorar, não se sentir autorizado a chorar. Eu não estou me direcionando, no livro, só aos homens, mas quando vi o documentário O Silêncio dos Homens, que fala sobre o machismo, sobre como eles crescem acreditando que não podem chorar, isso mexeu muito comigo. E eu sou uma ativista do choro. A gente precisa levar o choro a sério. Então o livro é a história de um menino que resolve colocar em prática o que ouvia sobre “engolir o choro”. Até que não consegue mais não engolir.

Como surgiu a ideia de fazer um livro infantil?

Eu já estava com vontade de fazer. Tenho um sentimento especial com livros que li quando [meu filho] Francisco era pequeno, alguns me marcaram muito. Na pandemia, fui fazer a quarta capa de um livro para a editora e me vi conversando com as crianças como destinatário. Imaginando o destinatário, como falar com ele. Como se eu abaixasse na altura de uma criança para conversar com ela. Entrei no clima. E aí esbocei a história.

Pode falar um pouco sobre as ilustrações?

Fizemos a imagem de menino que pudesse ser universal. Ele não tem caracterização de tipo de roupa, por exemplo. Quisemos deixar mais espaço para a imaginação. A ilustração, nos livros infantis, é muito importante. É como se fosse uma segunda camada que ajuda a história a existir.

Como é escrever para o público infantil?

Escrever para criança é colocar nossa criança mais livre para dizer. É uma libertação muito grande. E é uma grande escola de literatura. Passa por entrar em contato com a criança que você foi, que a gente é. Outra coisa legal é que livro para adulto é só para adulto, mas livro para criança é para criança e adulto (ou crianças de 2 a 100 anos). 

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