Em 2024, a disputa atraiu mais de cinco mil pessoas e registrou número recorde de participantes. Para este ano, a organização espera um aumento nas inscrições.
“A expectativa é grande. Essa edição será seletiva para os Jogos Pan-Americanos sub-21, que acontecerão no Paraguai no próximo ano. O evento continua valendo pontos para o Campeonato Brasileiro e para o ranking mundial. Seguimos com o propósito de revelar talentos e fortalecer a base do esporte no país”, afirma Bruno Dib, organizador do evento e sócio da DIBBRA.
Além das competições, a estrutura do evento contará com atividades culturais, gastronômicas e esportivas, buscando atrair diferentes perfis de público ao longo dos três dias. Os organizadores ressaltam que a proposta do Brasil Wake Open é manter o formato híbrido: esportivo e de entretenimento.
25 anos de história
A edição de 2025 também marca os 25 anos da realização do primeiro campeonato de wakeboard na Lagoa dos Ingleses, o que, segundo os organizadores, justifica a programação comemorativa com homenagens a nomes importantes da modalidade.
“O início foi improvisado. Eu surfava desde os 12 anos no Rio de Janeiro, mas quando vinha para Belo Horizonte, não havia opções. Começamos com uma prancha de surfe e um barco com problemas mecânicos. Mais tarde, retomamos com uma Skurfer, que seria o protótipo do atual wakeboard”, relembra Luciano Ballesteros, sócio do Clube Serra da Moeda e campeão brasileiro adulto em 2000.
Ele ajudou a organizar a primeira competição local, ao lado dos amigos Marco Paulo e Gustavo Penna. A partir de 2005, o evento passou a ter estrutura profissional. “Na época da recém-lançada Revista Ragga, o atleta Felipe Penna, então presidente da ABW, nos convidou para assumir a organização. Desde então, realizamos etapas regionais e nacionais, além de edições internacionais, como uma etapa no México e outra do Campeonato Mundial de WakePark em São Paulo”, complementa Dib.
Segundo Daniel Garcia, vice-presidente da ABW e membro do conselho mundial da IWWF, o campeonato teve papel importante na inserção do Brasil no circuito internacional. “O Brasil Wake Open colocou o país no radar do wakeboard mundial. Em 2024, tivemos um número expressivo de inscritos e atletas internacionais de alto nível. Entre os brasileiros, nomes como Marcelo Giardi, o Marreco, Mariana Nep e o mineiro Henrique Daibert são fortes candidatos ao pódio em 2025”, afirma.
Dib também destaca o papel da competição na valorização do território e do estilo de vida ligado ao esporte aquático. “Acompanhamos e fizemos parte do desenvolvimento da região da Lagoa dos Ingleses. Sediar um evento desse porte é um privilégio para Nova Lima e para o estado”, conclui.