
A família de imigrantes se instalou no bairro Prado, região oeste de Belo Horizonte. Lá, o pai de Antonio, Julio Caria, resolveu assumir um bar que tinha pertencido a um tio de sua mulher. Era o início da história do Bar do Júlio. "Quando nos mudamos, o Prado tinha poucas casas. O calçamento era de pedra e em frente ao nosso bar tinha até um campinho de futebol", lembra Antonio.
De lá para cá muita coisa mudou. O bairro cresceu e se tornou referência no setor de confecção, mas o popular Bar do Júlio se manteve entre as relíquias do lugar. Há 57 anos o ponto se mantém na equina das ruas Turfa com Turquesa. Famoso pelos petiscos caseiros, como bolinho de bacalhau, língua ao molho de vinho, dobradinha e rabada, o bar guarda muito da alma de seu fundador. "Meu pai era muito carismático, de bom trato, e isso cativava os fregueses", conta Antonio.
O empresário mantém viva a memória do pai e faz questão de relatar o bom relacionamento com os clientes e a comunidade. “Aqui não tem som alto, nem confusão. Tenho muitos clientes que são meus amigos, alguns contemporâneos do meu pai, com mais de 80 anos de idade”, diz.
Casado e pai de dois filhos, "praticamente criados", como define, Antonio se orgulha de conhecer seus clientes pelo nome. "Até hoje mantenho a caderneta para os mais antigos", completa o empresário, que tem apenas um empregado. Ao que parece, mais que os deliciosos quitutes, o respeito, a atenção e a confiança são os principais diferenciais do Bar do Júlio, uma pequena empresa de Belo Horizonte.
(com Agência Sebrae)