Publicidade

Estado de Minas ENCONTRO GASTRÔ BH 2019

Casa de Abrahão e Vila Árabe são os melhores da cidade na categoria Cozinha do Mundo


postado em 27/08/2019 23:10 / atualizado em 30/08/2019 17:27

Maklub de frango, servido com arroz com cúrcuma: opção de prato quente do menu degustação, que tem ainda pastas tradicionais, quibe cru e saladas(foto: Violeta Andrada/Encontro)
Maklub de frango, servido com arroz com cúrcuma: opção de prato quente do menu degustação, que tem ainda pastas tradicionais, quibe cru e saladas (foto: Violeta Andrada/Encontro)
É preciso cruzar uma estrada no meio da mata. A Casa de Abrahão é um daqueles lugares escondidos, protegidos pelo verde. Não é fácil chegar lá, mas vale cada quilômetro rodado. A casa proporciona uma viagem pelos sabores das cozinhas do Oriente Médio e Norte da África. Ou seja, além da tradicional comida sírio-libanesa, são servidas receitas marroquinas, turcas e, ocasionalmente, judaicas. Por 59 reais, o cliente tem direito a um menu degustação composto por pão árabe, pastinhas tradicionais, como babaganoush, coalhada seca e homus, além de quibe cru e saladas. Detalhe importante: o pão é feito na hora, em um forno localizado no meio do salão. Depois, vêm dois pratos quentes que variam toda semana. Pode ser um maklub de frango, servido com arroz com cúrcuma, ou um ossobuco de cordeiro com legumes grelhados.

> Leia mais: Conheça todos os vencedores da Encontro Gastrô - O Melhor de BH 2019

O descendente de sírios Antônio Abrahão Neto: ele carrega as lembranças de sua avó, Rosa, cozinhando(foto: Violeta Andrada/Encontro)
O descendente de sírios Antônio Abrahão Neto: ele carrega as lembranças de sua avó, Rosa, cozinhando (foto: Violeta Andrada/Encontro)
Descendente de sírios, Antônio Abrahão Neto sempre carregou as lembranças de sua avó, Rosa, cozinhando. "Cozinhar era uma atividade feminina, os homens ficavam jogando buraco e falando de futebol." Esse costume não foi capaz de fazer com que o menino se desinteressasse pelos temperos vindos da terra de seus antepassados. "Anos mais tarde, resolvi vender pão, esfiha e quibe, no condomínio em que morava." E lá se vão 15 anos. O movimento fez com que Abrahão procurasse um espaço maior. Hoje, além do restaurante, há uma pousada. Bom para quem, depois de deliciar-se com tantas comidas diferentes, quer esticar o fim de semana.

R. Dois, 29, Recanto da Serra, Brumadinho, (31) 99205-5139. Sex.: das 20h às 23h; sáb.: das 13h30 às 17h, e das 20h às 23h; dom.: das 12h às 17h. Cartões: todos.

Vila Árabe

O bufê do Vila Árabe(foto: Samuel Gê/Encontro)
O bufê do Vila Árabe (foto: Samuel Gê/Encontro)
Só até o final do ano, a rede Vila Árabe pretende abrir mais cinco lojas, que farão companhia para os outros 16 endereços espalhados pela cidade – a última região a ganhar um empório foi a Pampulha. "Recebemos muitos pedidos para abrir em bairros de BH", diz Michelle Madi, herdeira do negócio junto com o irmão, Elias. São eles, hoje, que tocam a empresa, fundada por seus pais, os libaneses Gaby e Therese.

O fundador Gaby Madi: planos de abrir mais cinco lojas em BH até o fim do ano(foto: Samuel Gê/Encontro)
O fundador Gaby Madi: planos de abrir mais cinco lojas em BH até o fim do ano (foto: Samuel Gê/Encontro)
Tudo começou em 1997, quando o casal abriu o Vila Árabe na Savassi. Logo, perceberam a paixão dos mineiros pela culinária da terra das mil e uma noites. Com mais de duas décadas de história, o restaurante continua a servir as clássicas receitas vindas do norte da África como tabule, esfiha, quibe e kafta. Os clientes também criaram intimidade com as pastas sempre acompanhadas de pão árabe: homus (grão de bico), babaganoush (berinjela defumada) e labneh (coalhada seca). Isso tudo é servido diariamente em um bufê que reúne mais de 80 opções entre saladas e pratos quentes. A receita do charuto de folha de uva recheado com arroz, tomate e carne moída vem das anotações da mãe de Therese, Daad el Khal. Para agradar os vegetarianos, há também a versão sem carne. Assim como o quibe, preparado com moranga e recheado com espinafre e grão de bico. "A nossa cozinha é muito saudável, com muitos legumes e verduras", diz Michelle, que vem percebendo um aumento de clientes não só vegetarianos, como veganos. Para quem não abre mão de uma boa carne, no entanto, o cordeiro à moda árabe fica mais de 50 horas marinando em especiarias e depois mais três horas ne forno. Durante a semana, o almoço é servido no quilo: 65,90 reais. Já no jantar e nos finais de semana e feriados, o bufê é livre e custa 59,90 reais, por pessoa.

R. Pernambuco, 781, Savassi, (31) 3262-1600. De seg. a sáb.: das 9h30 às 23h; dom.: das 10h às 17h. Cartões: todos. E mais 15 endereços na cidade.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade