
Entre os dias 12 e 14 de junho, o Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, recebe novamente o evento que exalta os sabores e os saberes da produção queijeira mineira. Nesta edição, o Queijo Cabacinha — típico do Vale do Jequitinhonha — estará presente pela primeira vez, consolidando seu espaço entre as iguarias reconhecidas do estado.
Feito à mão por produtores da região, o Cabacinha é um queijo de massa filada, moldado cuidadosamente no formato de pequenas moringas. Sua participação no festival marca não apenas o reconhecimento dessa tradição, mas também acompanha um avanço importante: a regulamentação oficial do produto, conduzida pelo Governo de Minas com apoio técnico de instituições como Emater-MG, Epamig e IMA.
“A presença do Queijo Cabacinha nesta edição do festival representa um marco para a diversidade e para o reconhecimento das identidades regionais que fazem do queijo mineiro um patrimônio cultural. Celebrar o dia 16 de maio com esse anúncio reforça o nosso compromisso com os produtores e com o fortalecimento da cadeia do queijo artesanal no estado”, destaca Altino Rodrigues Neto, gerente de Relações Institucionais e Governamentais do Sistema Faemg Senar.
Ricardo Boscaro, analista de agronegócios do Sebrae Minas, também comenta a importância da inclusão. “A participação do Queijo Cabacinha no festival é uma conquista significativa para os produtores do Vale do Jequitinhonha. Este reconhecimento não apenas valoriza a tradição local, mas também abre novas oportunidades de mercado, fortalecendo a economia regional e promovendo a cultura mineira.”
Além do Cabacinha, o evento contará com estandes de degustação e venda de queijos, pratos elaborados por chefs convidados, oficinas, atrações culturais e espaço para outros produtos típicos do estado. O festival será realizado em paralelo à Megaleite 2025, a maior feira de pecuária leiteira da América Latina, ampliando a integração com toda a cadeia do leite.
Regulamentação do Queijo Cabacinha

“A regulamentação significa valorização desse produto que faz parte da cultura de toda a região. O que nós pretendemos é valorizar aquilo que é a tradição de Minas, que é a produção de queijo, e o Cabacinha, até pelo formato, pelo sabor, é um dos mais diferenciados entre os produzidos aqui”, afirmou Zema. Ele também destacou o crescimento no número de queijos reconhecidos oficialmente: “No meu governo, nós já mais que dobramos esse número, que era de sete no início. Queremos que o Brasil e o mundo venham comprar esses queijos, que são sem igual.”
A formalização foi publicada por meio da Portaria n° 2.377 do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), resultado de estudos da Epamig em parceria com a Emater-MG, UFMG, UFSJ e IFNMG. “Sem um regulamento próprio, era impossível aos produtores habilitar suas queijarias em qualquer sistema oficial de inspeção. Estamos dando mais um passo na valorização dos queijos artesanais de Minas e estimulando a geração de empregos e renda”, disse o secretário de Agricultura, Thales Fernandes.