
Assim como Hope, outros animais têm feito o bem para muita gente. A pequena Mia, cadelinha de mesma raça e com seis meses de vida, já está em treinamento para seguir os passos do irmão mais velho na TAA. Mas não basta ser lindo, fofo e carismático. Para se tornarem cães de assistência, com garantia de eficácia e segurança da TAA, os animais envolvidos passam por um processo rigoroso de seleção, treinamento e avaliação comportamental.

“Também são realizados exames e avaliações periódicas que garantam que o animal esteja saudável física e emocionalmente para exercer a função terapêutica. Os limites dos animais são sempre respeitados para garantir o seu bem-estar”, diz Maria Isabel. A especialista garante que a presença dos pets ajuda a tornar o ambiente hospitalar mais leve, estimulando a socialização e contribuindo positivamente para a recuperação dos pacientes, tanto que, em Belo Horizonte, a prática tem se tornado comum. Algumas unidades da Unimed, por exemplo, já adotaram a terapia com os bichinhos, como a da Contorno, a do Hospital Infantil São Camilo e de Betim.
“Incentivamos a realização de atividades que proporcionam momentos únicos aos pacientes, como música ao vivo nas unidades, a celebração de aniversários, visitas religiosas e celebração de cerimônia ecumênica. A interação com o cão terapeuta veio para fortalecer a humanização do atendimento hospitalar", diz Viviane Cristina da Cunha, diretora do Hospital Unimed-Unidade Contorno.
Embora os cães sejam os mais comuns por sua facilidade de adestramento e estreita ligação com os humanos, diversas espécies podem ser utilizadas na Terapia Assistida por Animais. Entre eles, gatos, cavalos, vacas, coelhos, aves, ovelhas e até golfinhos têm sido integrados a programas terapêuticos, sempre respeitando as características de cada animal. A escolha da espécie depende do objetivo terapêutico, do perfil do paciente e do ambiente em que a terapia será praticada.
Realizada com cavalos, a equoterapia é muito utilizada no controle postural, coordenação e equilíbrio de pacientes com distúrbios neurológicos, ortopédicos e musculares. Diagnosticado com osteogênese imperfeita, também conhecida como doença dos ossos de vidro, e epilepsia mioclônica progressiva, há um ano Heitor Martins, de 14 anos, se beneficia da TAA.

A assistente social Flávia de Oliveira Nascimento Silva é mãe de Vitória, de 6 anos, criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela relata que desde que a filha começou a fazer a TAA, há seis meses, o seu senso de organização e autoconfiança aumentaram. Um de seus bichinhos preferidos é a vaquinha Gabi. “A terapia com animais também tem estimulado a sua afabilidade e autocuidado”, diz. Para os especialistas, não há dúvidas de que a interação afetuosa e respeitosa entre humanos e animais têm mostrado resultados cada vez mais positivos. Os efeitos incluem desde a melhora do humor, o estímulo à socialização, o fortalecimento do vínculo afetivo ao incentivo à reabilitação física e redução da pressão arterial.
Embora a participação dos animais na promoção da saúde e do bem-estar dos seres humanos seja natural e antiga, sua aplicação terapêutica começou a ganhar destaque somente no século XX. Os primeiros registros documentados datam da década de 1940, quando o psiquiatra norte-americano Boris Levinson observou que seus pacientes infantis respondiam positivamente à presença de seu cão durante as sessões. A partir dessas observações, Levinson se tornou um dos pioneiros na divulgação e estudo da Terapia Assistida por Animais utilizada, a princípio, no tratamento de transtornos de comportamento, déficit de atenção e problemas de comunicação em crianças.
A prática complementar à psicoterapia tornou-se cada vez mais reconhecida no campo da saúde física, mental e emocional, passando a ser utilizada em diversos contextos clínicos e sociais. No Brasil, a TAA foi introduzida na década de 1950, por intermédio da médica psiquiatra Nise da Silveira, que utilizou animais como cães e gatos para interação e apoio emocional no tratamento de pacientes esquizofrênicos no Centro Psiquiátrico Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, tornando-se pioneira no país. A técnica tem se mostrado eficaz em casos de depressão, ansiedade, autismo, transtornos de estresse pós-traumático (TEPT), Alzheimer , dificuldades motoras, entre outras patologias. Pacientes hospitalizados, idosos abrigados em instituições e crianças com necessidades especiais são alguns dos grupos que mais se beneficiam da presença e interação com os animais.
A prática complementar à psicoterapia tornou-se cada vez mais reconhecida no campo da saúde física, mental e emocional, passando a ser utilizada em diversos contextos clínicos e sociais. No Brasil, a TAA foi introduzida na década de 1950, por intermédio da médica psiquiatra Nise da Silveira, que utilizou animais como cães e gatos para interação e apoio emocional no tratamento de pacientes esquizofrênicos no Centro Psiquiátrico Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, tornando-se pioneira no país. A técnica tem se mostrado eficaz em casos de depressão, ansiedade, autismo, transtornos de estresse pós-traumático (TEPT), Alzheimer , dificuldades motoras, entre outras patologias. Pacientes hospitalizados, idosos abrigados em instituições e crianças com necessidades especiais são alguns dos grupos que mais se beneficiam da presença e interação com os animais.
Serviço
UniArnaldo - Atendimento pago e gratuito para famílias carentes. Contato: (31) 3524-5005/ (31) 99391-1177
UFMG - somente a pacientes internados na ala pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade.
Equoterapia - Centro de Equoterapia do Regimento de Cavalaria Alferes (Cercat), da Polícia Militar. Gratuito. Depende de vagas. Contato: 2123-9535