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Estado de Minas ELEIÇÕES 2018

Bolsonaro volta a criticar urna eletrônica e ativismo

Candidato do PSL deu entrevista à rádio Jovem Pan


postado em 09/10/2018 17:40 / atualizado em 09/10/2018 17:09

"Vamos acabar com essa história de ficar com pena de encarcerado. Quem está lá fez por merecer", diz o candidato Jair Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan (foto: YouTube/Pânico Jovem Pan/Reprodução)

Em entrevista ao programa Pânico da rádio Jovem Pan nesta terça, dia 9 de outubro, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) diz não perdoar Adélio Bispo de Oliveira, responsável pelo ataque com faca que o deputado sofreu no dia 6 de setembro, na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. "Eu não perdoo ele [sic] não. Se depender de mim, ele mofa na cadeia. Bandido tem que apodrecer na cadeia. Se cadeia é lugar ruim, é só não fazer a besteira que não vai para lá. Vamos acabar com essa história de ficar com pena de encarcerado. Quem está lá fez por merecer", comenta o presidenciável à atração comandada por Emílio Surita.

Bolsonaro afirma que está "vivo por milgare" e defende que a pena de Adélio seja ampliada. "Como não podemos condenar ninguém por prisão perpétua, que, pelo menos, se cumpra 30 anos de cadeia. Vamos acabar com progressão de pena", recomenda o presidenciável. Para ele, o agressor sabia o que estava fazendo e se planejou o ataque.

Na entrevista, o candidato do PSL voltou a criticar o sistema de votação só por urnas eletrônicas e a defender o voto impresso para evitar riscos de fraude – proposta que constou de projeto de sua autoria aprovado na Câmara em 2015. Ele diz que recebeu centenas de vídeos com boletim de votação, em que não teria recebido qualquer voto e outros mostrando que quando o eleitor apertava o número um aparecia o 13 – imagens já confirmadas como falsas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro afirma ainda que a área jurídica de seu partido está pedindo ao TSE que problemas verificados no primeiro turno não se repitam para que dúvidas sobre a lisura do voto não permaneçam. Ele diz que respeitará os resultados das urnas e se mostra confiante na vitória. "Vou respeitar o resultado das urnas, mas pelo que está acontecendo, ninguém teve até hoje, nem o Lula teve, uma votação tão maciça, no primeiro turno, como eu tive. O pessoal que vota em mim, a quase totalidade, está votando consciente. Ninguém foi cooptado por ninguém. A nossa votação vai ser muito maior que o primeiro turno".

Em um recado direto ao seu eleitor, sugere que fique atento, fiscalize as seções eleitorais e seja um dos primeiros a votar. Em caso de notar alguma irregularidade na urna, pede que seja acionada a fiscalização, um policial militar ou o mesário, para que seja resolvido imediatamente o problema na máquina que apresentar defeito.

Ativismo

Bolsonaro tentou explicar o que quer dizer quando afirma que quer acabar com o ativismo no Brasil. Segundo ele, sua ideia é botar um ponto final no "ativismo xiita que vive, geralmente, de dinheiro de ONG". "Nós vamos respeitar o dinheiro público. Tem um grupo de mulheres do PT e o Haddad [candidato do PT] está distribuindo um montão de memes e fake news. Isso é ativismo, dizendo que eu vou acabar com o Bolsa Família, que vou criar CPMF, que vou cobrar imposto de renda do pobre. Esse tipo de ativismo aí", exemplifica o presidenciável do PSL.

Abaixo, a íntegra do programa Pânico na Jovem Pan que entrevistou Jair Bolsonaro e a deputada eleita Joice Hasselmann:


(com Agência Brasil)

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