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Estado de Minas PRESIDENTE ELEITO

Bolsonaro tem mais militares no governo do que na época da ditadura

Serão oito oficiais das Forças Armadas no primeiro escalão


postado em 11/12/2018 13:25 / atualizado em 11/12/2018 13:13

(foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Divulgação)

Jair Bolsonaro se prepara para iniciar o mandato no Palácio do Planalto a partir de 1º de janeiro de 2019 com o apoio direto de oito oficiais das Forças Armadas. O número é maior do que os indicados pelos cinco principais presidentes do regime militar do Brasil de 1964 a 1985: Humberto Castelo Branco, Artur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo.

A partir de levantamento feito pelo jornal Correio Braziliense no site da biblioteca da presidência da república, é possível contar os oficiais que estiveram em postos-chaves entre abril de 1964 e março de 1985. Enquanto Castelo Branco (1964-1967) convocou cinco oficiais; Costa e Silva (1967-1969), Médici (1969-1974) e Geisel (1974-1979) tiveram sete; Figueiredo (1979-1985) indicou seis. No governo Bolsonaro, cargos de primeiro escalão serão ocupados por nove militares.

Além dos generais Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e do almirante Bento Costa Lima Leite (Minas e Energia), o primeiro escalão do futuro governo ainda é composto pelos capitães Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e pelo tenente-coronel Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). Além deles, o general Santa Rosa vai comandar a Secretaria de Assuntos Estratégicos, que não tem status de ministério.

Um dos ministros militares integrante de vários governos na ditadura foi Jarbas Passarinho, que chegou ao posto de tenente-coronel, além de governador do Pará, presidente do Senado e ministro da Educação, Previdência Social nas gestões Figueiredo, Médici e Costa e Silva – também foi o titular do MInistério da Justiça na presidência de Fernando Collor de Mello.

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