O parlamentar renunciou ao mandato de vereador alegando que o processo contra ele seria político e que não seria tratado com imparcialidade. Com a renúncia, a representação contra ele foi arquivada. Em seu lugar, assume a suplente Janaína Cardoso, que era do PSL e agora se filiou ao União Brasil.
Os vereadores votariam se seria ou não aceita a representação contra Léo Burguês. Caso a maioria fosse favorável, seria aberta uma Comissão Processante para verificar uma possível quebra de decoro do vereador. O parlamentar foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais pelos crimes de peculato, desvio, corrupção passiva, corrupção ativa, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Entre as denúncias apresentadas contra o político estão o uso de parte do salário dos funcionários do seu gabinete para pagar despesas pessoais, prática conhecida como rachadinha. Além disso, ele também teria usado mão de obra de funcionários pagos pela Câmara para realizar atividades particulares, ocultação de patrimônio móvel e imóvel.
Gabriel Azevedo fez duras críticas a Léo Burguês: "Eu espero que este bandido do qual a Câmara Municipal se livrou hoje possa carregar pra longe daqui a corrupção, que é a marca do seu nome", afirmou o presidente da Câmara. "Hoje mais uma página de corrupção nesta Casa foi virada. Fica o recado: comigo nesta presidência, bandido não tem vez". Gabriel Azevedo também pediu à população de Belo Horizonte para não reeleger Léo Burguês na eleição do ano que vem.
Quem é Léo Burguês
Quem é Léo Burguês
Nascido em Belo Horizonte, em 1969, Leonardo Silveira de Castro Pires, iniciou sua atuação política no movimento estudantil. É empresário do ramo de entretenimento e foi presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte nos biênios 2011-2012 e 2013-2014. Em 2020, foi eleito para seu quinto mandato como vereador, com 6.190 votos.