Coloridas, atraentes, saborosas e nutritivas. Assim as saladas conquistam um número cada vez maior de adeptos, que abrem mão da dupla arroz com feijão para investir em pratos mais leves. Mas em que momento a decisão passa a ser prejudicial à saúde? A resposta é simples: quando, para compensar a falta do carboidrato e das proteínas, incrementa-se a salada com ingredientes pra lá de calóricos. Exemplos disso são os molhos prontos à base de creme de leite e maionese. Uma colher de sopa de molho rosé, por exemplo, possui, em média, 145 calorias. Acrescentados a ingredientes como presunto Parma (65 cal, duas fatias), castanha-do-pará (184 cal, porção de 28 g), batata cozida (uma média possui 68 cal) e queijo gorgonzola (144 cal, 30 g), os pratos chegam a ser mais calóricos do que uma porção de feijoada, que tem aproximadamente 500 calorias.


O molho pronto deve ser substituído por outros à base de frutas e iogurtes. A proteína é encontrada facilmente em alimentos pouco gordurosos, como o peito de peru, o queijo branco e os ovos cozidos. Já os carboidratos mais indicados vêm de pães e massas integrais, que prolongam a sensação de saciedade. "Os legumes, assim como os folhosos, também são ótimas fontes de vitaminas, minerais e fibras e também devem estar presente nas saladas", diz a nutricionista Caroline França. Podem ser ingeridos crus ou cozidos, mas o ideal é a opção a vapor, que preserva o valor nutricional. No entanto, o consumo de raízes e tubérculos como batata, mandioca e cará deve ser moderado. É o que explica Gilberto Simeone Henriques, professor do Departamento de Nutrição da UFMG. "Por possuírem alta cota calórica, eles são usados para substituir carboidrato", diz Gilberto.


