
E não é diferente no Brasil. De Norte a Sul, mas principalmente no Nordeste, o milho - que é indispensável no sustento de grande parte dos brasileiros - passa a ser a estrela de várias receitas. Do cuscuz ao mingau, passando pelo assado na espiga, é o ingrediente da vez. E não deixa também de ser abençoado. A primeira colheita acontece no dia de Santo Antônio, 13 de junho. O auge da colheita é exatamente entre o dia de São João, 24 de junho, e São Pedro, 29. Ou seja, nosso culto em homenagem ao milho por aqui foi batizado como Festa Junina.
Nas Minas Gerais milho é coisa corriqueira. Aparece quase todos os dias nos pratos em forma de angu. E não fica por aí. No livro História da Arte da Cozinha Mineira por Dona Lucinha, um trecho mostra o quanto o insumo é versátil e grandioso: "Em cristal, mostra-se ao ponto para conservas. Quando verde é ralado e coado para fazer angu lavado, pamonhas e corá. Maduro o grão é debulhado e levado ao moinho, transformado em fubá".
Com a chegada do frio, o milho também se apresenta em outras formas e ganha ainda mais espaço nos cardápios dos restaurantes belo-horizontinos. De broa a tempura, os grãos garantem sustento e sabor das mais simples às mais sofisticadas refeições. E ainda vale lembrar que as sanfonas também já estão fora das caixas e o período de São João está só começando. É hora de se debruçar nas barraquinhas e comer de tudo um pouco: vale canjiquinha, pamonha, curau, canjica...
Caê

Comercial Sabiá

Cozinha Tupis

Dona Lucinha

Fubá

A moça do pão
