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Estado de Minas BEM-ESTAR

Entenda a fibrilação atrial, que afeta o técnico Renato Gaúcho

Problema é comum em esportistas, segundo especialista


postado em 11/01/2019 07:59 / atualizado em 11/01/2019 08:02

O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, precisou fazer uma cirurgia para tratar a fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca(foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação)
O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, precisou fazer uma cirurgia para tratar a fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca (foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação)

Aos 56 anos, o ex-jogador de futebol Renato Portaluppi, mais conhecido como Renato Gaúcho, que atualmente é treinador do Grêmio, de Porto Alegre (RS), descobriu, recentemente, que sofre de arritmia cardíaca e precisou fazer um procedimento cirúrgico para corrigir o problema em janeiro deste ano. "Atingindo cerca de 175 milhões de pessoas no mundo, a fibrilação atrial, tipo de arritmia apresentada pelo técnico, é comum em esportistas praticantes de atividades de alta intensidade e que exigem bastante da frequência cardíaca", explica o cardiologista José Moura Jorge, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac).

Segundo ele, a fibrilação atrial é caracterizada como um distúrbio do ritmo dos átrios (câmaras superiores do coração), que gera batimentos irregulares e geralmente rápidos. A condição costuma ser silenciosa ou apresentar sintomas como cansaço, palpitações, tonturas e desmaios. Embora não apresente risco direto de morte, como mostra o especialista, essa arritmia está relacionada à ocorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e surgimento de demência.

Apesar de Renato Gaúcho ter sido atleta e, ainda assim, ser vítima da fibrilação atrial, a prática de exercícios é uma excelente forma de prevenir problemas cardiovasculares. "A atividade física leve a moderada está associada com redução de arritmias cardíacas. Não só de arritmias do átrio, como a fibrilação atrial, mas também de arritmias ventriculares, que poderiam gerar morte súbita. Já a atividade física de alta intensidade, como a praticada por atletas, pode aumentar tanto a fibrilação atrial como as arritmias ventriculares", explica o cardiologista Leandro Ioschpe Zimerman, ex-presidente da Sobrac e responsável pelo tratamento do técnico do Grêmio.

Os médicos afirmam que existem várias formas de cuidar as arritmias, como a redução no consumo de álcool, a prática de exercícios, o controle do peso corporal e o uso de medicamentos antiarrítmicos e anticoagulantes. Em alguns casos, como o de Renato Gaúcho, é preciso apelar para um procedimento cirúrgico chamado ablação por radiofrequência (tipo bisturi elétrico). Ele atua cauterizando as regiões nos átrios responsáveis pela arritmia.

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