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Estado de Minas SAÚDE

Endocrinologista reforça alerta sobre os perigos da obesidade

Entre os problemas causados pelo excesso de gordura corporal, estão diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, apneia do sono e elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos


postado em 11/10/2019 15:46 / atualizado em 13/10/2019 17:11

Projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, em 2025, mais de 700 milhões de pessoas estarão obesas(foto: Pixabay)
Projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, em 2025, mais de 700 milhões de pessoas estarão obesas (foto: Pixabay)
Afinal, o que define a obesidade? Segundo Paulo Miranda, endocrinologista da Unimed-BH, o Índice de Massa Corporal (IMC) é o principal indicador. Esse número avalia indiretamente a proporção de gordura no corpo por meio da relação entre peso e altura (basta fazer um cálculo dividindo o peso pelo quadrado da altura). Se o resultado der acima de 30, configura-se como obesidade. Entre 25 e 30, sobrepeso. Atualmente, no Brasil, mais de metade da população está nas faixas de sobrepeso e obesidade. Projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os próximos cinco anos estimam que, em 2025, mais de 700 milhões de pessoas estarão obesas.

O endocrinologista Paulo Miranda:
O endocrinologista Paulo Miranda: "Tratar a obesidade é imprescindível, porquê ela é uma condição de saúde associada a várias outras doenças" (foto: Arquivo pessoal)
Causas

De acordo com o médico, na maioria das vezes, a doença é causada por um conjunto de fatores. Desde questões como predisposição genética e alterações orgânicas, até hábitos alimentares e sedentarismo. "Não podemos simplificá-la a um só fator", diz Paulo Miranda. Ele cita, ainda, causas secundárias, como uso de medicamentos e condições hormonais e genéticas específicas que atingem uma pequena parcela dos pacientes. Nestes casos, para identificá-las, é preciso passar por uma avaliação médica minuciosa e fazer exames laboratoriais.

Consequências na saúde

O endocrinologista destaca que "tratar a obesidade é imprescindível, porque ela é uma condição de saúde associada a várias outras doenças". Entre os problemas citados por ele estão diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, apneia do sono e elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos. Ele alerta que, até mesmo, alguns tipos de câncer estão associados à obesidade. Ainda segundo Paulo Miranda, o excesso de gordura corporal pode, inclusive, dificultar o tratamento de doenças respiratórias como a asma.

Tratamento e prevenção

O médico reforça que o tratamento da obesidade não deve ter objetivos estéticos, mas sim de melhoria da condição de saúde do paciente. Ele diz que perder 5% do peso inicial já reduz os riscos de doenças associadas e facilita o controle dos problemas já existentes no organismo. Paulo Miranda também lembra que praticar atividades físicas é fundamental para que qualquer pessoa tenha uma qualidade vida adequada e que o sedentarismo, independentemente do IMC, aumenta os riscos do desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

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