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Estado de Minas SAÚDE DA MULHER

Dia Nacional da Mamografia alerta para a importância do exame clínico

Dados do Instituto Nacional do Câncer mostram que quatro milhões de brasileiras, entre 50 e 69 anos, nunca fizeram o raio-x que detecta câncer de mama


postado em 04/02/2020 14:54 / atualizado em 06/02/2020 00:43

60 mil casos de câncer de mama foram registrados no Brasil em 2019, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca)(foto: Pixabay)
60 mil casos de câncer de mama foram registrados no Brasil em 2019, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) (foto: Pixabay)
Esta quarta-feira (5 de fevereiro) é o Dia Nacional da Mamografia, que visa conscientizar as mulheres sobre a importância desse exame que é fundamental para detectar câncer de mama, sobretudo quando ainda está em fase inicial, o que facilita o tratamento e aumenta as chances de cura.

Dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que campanhas de conscientização são extremamente necessárias no Brasil, uma vez que 4 milhões de mulheres brasileiras, com idades entre 50 e 69 anos, nunca realizaram uma mamografia. Além disso, os números do Inca apontam que, em 2019, mais de 60 mil novos casos de câncer de mama foram diagnosticados no país. A incidência média é de 62,9 casos a cada 100 mil mulheres, situando o Brasil entre as nações com mais casos registrados em todo o mundo.

Apesar dos números preocupantes, a taxa de mortalidade em virtude da doença está caindo, mantendo-se abaixo da média mundial, aponta o levantamento do Inca. Nesse quesito, segundo a entidade, o Brasil está entre os países com menor índice de mortes por câncer de mama, ao lado de Estados Unidos, Canadá e Austrália.

As ações de conscientização, como o Outubro Rosa e o Dia Nacional da Mamografia são as principais aliadas das mulheres no combate à doença, afirma o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Grupo Oncoclínicas. "O primeiro e principal passo para vencermos a doença é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e a população em geral estejam conscientes da necessidade de realização da mamografia a partir dos 40 anos, considerando que a incidência da doença começa a aumentar consideravelmente a partir desta idade", afirma o médico. "O auge de detecções acontece dos 50 aos 60 anos, tidas como as faixas etárias de risco", completa.

O especialista lembra que, em casos específicos, é necessário que a mamografia seja realizada ainda mais cedo, aos 35 anos. Devem ficar atentas a isso mulheres cujas mães, avós ou irmãs tiveram câncer de mama, porque cerca de 10% dos casos da doença estão associados a fatores genéticos hereditários, segundo Bruno Ferrari.

Autoexame

O médico acredita que muitas mulheres brasileiras não fazem a mamografia porque creem que o autoexame é suficiente para a detecção de nódulos. "É uma ferramenta importante para as mulheres conhecerem seu corpo, o que é fundamental para detectar alterações nas mamas, que podem indicar doenças. Todavia, isso não detecta, em geral, nódulos muito pequenos ou em estágio inicial, quando ainda não são palpáveis. Por isso, o autoexame das mamas nunca deve substituir a mamografia, que deve ser realizada anualmente por todas as mulheres acima dos 40 anos", alerta Bruno Ferrari.

(Com informações da assessoria do Grupo Onconlínicas)

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