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Estado de Minas PANDEMIA

Laboratórios de BH registram falta de testes de Covid-19 devido a alta procura

Taxa de positividade vem crescendo desde o fim de 2021 e chega a quase 50% no Hermes Pardini


postado em 17/01/2022 15:30 / atualizado em 18/01/2022 14:47

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)
Quem teve de se testar para Covid-19 nos últimos dias na rede privada provavelmente percebeu filas, demora para ser atendido e receber o resultado, e talvez tenha até tido de voltar para casa sem conseguir acesso ao exame. De fato, laboratórios confirmam aumento na demanda. 

No Hermes Pardini, na última quarta-feira (12), o crescimento na testagem foi de 56% em relação à média móvel dos últimos 14 dias. No último final de semana, o estoque de testes do laboratório acabou, mas está sendo reposto a partir de hoje. No Lustosa, os testes de antígeno estão suspensos por falta de insumos, mas ainda há kits para o PCR. Para quem deseja se testar, começa a ser bom negócio ligar antes para o laboratório desejado e verificar disponibilidade (e se há necessidade de agendamento).

No laboratório Lustosa, foi necessário aumentar o prazo de entrega dos resultados de dois para três dias úteis no caso do teste RT-PCR normal (o RT-PCR Express continua com o prazo de 24h para entrega do resultado). Ainda no laboratório, a variação na semana de 3 a 8 de janeiro foi de 171% em relação à anterior na busca por testes indicados para a fase ativa da doença.

Nas drogarias Araújo, em toda Minas Gerais, os primeiros cinco dias de janeiro de 2022 tiveram aumento de 238% na procura por testes no comparativo com a última quinzena do mês de dezembro de 2021, de 15 a 30. Segundo a empresa, farmacêuticos têm sido remanejados para as unidades com maior demanda, e a reposição de testes tem sido diária.

O aumento da demanda tem sido acompanhado por aumento na positividade, inclusive com recordes nesse índice desde o início da pandemia. No Hermes Pardini, quase a metade (48,3%) dos resultados foram positivos no último dia 14. No Lustosa, na semana dos dias 10 a 15 deste mês, a taxa de positividade foi de 37,2%. Na semana do Natal, apenas 2,8% dos testes deram positivo nesse laboratório.

Segundo a infectologista do Hermes Pardini, Melissa Valentini, é provável que a variante ômicron seja a responsável pelo aumento do número de casos nas últimas duas semanas no país, devido ao fato de ela ter maior capacidade de transmissão, mas lembra que o índice de hospitalizações com essa cepa é menor. Apesar de a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) ter alertado para o risco de falta de insumos para realização dos exames devido ao grande aumento da demanda, os laboratórios consultados, por enquanto, afirmam que tem havido material para atender os clientes.

Na rede pública, segundo a secretaria municipal de saúde de BH, todos os pacientes que procuram UPAs e Centros de Saúde com sintomas respiratórios são testados com teste rápido (grávidas, puérperas ou pessoas com comorbidade que tiverem sintomas respiratórios, com teste rápido negativo, são submetidas também ao PCR para diagnóstico definitivo). Ainda de acordo com a prefeitura, a taxa de positividade passou de 4,5% do fim do ano para 17,7% na primeira semana de janeiro.

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