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Estado de Minas SAÚDE

Tumor ginecológico representa quase 20% dos diagnósticos de câncer no mundo

Entre as neoplasias do sistema reprodutor feminino, a do colo do útero é a terceira mais incidente entre as brasileiras


postado em 22/07/2022 12:38 / atualizado em 22/07/2022 12:38

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Segundo a Agência [Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, da sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer ginecológico representa 19% dos diagnósticos de câncer no mundo ao ano e pode se manifestar no colo uterino, corpo uterino, endométrio, ovário, vulva e vagina. O tumor do colo de útero é o terceiro mais frequente na população feminina no Brasil, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer).

O principal fator de risco do câncer do colo do útero é a infecção por alguns tipos de vírus do HPV (papilomavírus humano) - em mais de 90% dos casos. "O tumor se desenvolve a partir de uma lesão que pode ser causada pelo HPV. Quando essa lesão não é tratada, pode evoluir para um câncer. As lesões podem ser detectadas nos exames Papanicolau, colposcopia e vulvoscopia. A inclusão da imunização contra o HPV no calendário nacional de vacinação foi uma importante medida para a prevenção do câncer do colo do útero e do câncer de vulva, que acomete os pequenos e grandes lábios, e se apresenta como uma ferida ou ulceração que não cicatriza. Quando não relacionado ao HPV, o câncer de vulva pode surgir na terceira idade devido ao excesso de hormônio estrogênio", alerta Maria Helena Cruz Rangel da Silva, oncologista do Grupo Oncoclínicas Belo Horizonte.

Embora seja raro, o câncer de vagina também pode ser evitável com a imunização contra o HPV. "É mais comum o acometimento vaginal secundário, ou seja, quando surge a partir da disseminação de outros tumores como o câncer do colo do útero, e está relacionado a outros agentes causais, como o tabagismo e idade superior a 60 anos. Entre os sintomas percebidos, sangramento, dor ao urinar, dor na região pélvica e constipação", explica a oncologista.

Segunda neoplasia ginecológica mais comum, conforme indica o INCA, ficando atrás do câncer do colo do útero, as primeiras manifestações do câncer de ovário (aumento do volume no abdômen, alterações no ciclo menstrual, dificuldade para evacuar, dor nas relações sexuais e aumento na vontade de urinar) podem ser confundidas com outros problemas. "O histórico familiar é um considerável fator de risco, mas pode acometer mulheres que não tiveram filhos nem amamentaram, quem teve câncer de mama ou menopausa tardia", observa Maria Helena.

Recorrente, mas diagnosticado nas fases mais avançadas, o câncer de endométrio tem sintomas marcados por sangramentos inesperados entre as menstruações ou após a menopausa. "Corrimentos vaginais sem sangue também podem ser um sinal de alerta para buscar ajuda médica. São considerados fatores de risco mulheres que passaram pela menopausa, obesidade, diabetes, síndrome do ovário policístico, hipertensão arterial, histórico pessoal ou familiar de câncer de mama, ovário, colo ou endométrio, infertilidade, nunca ter engravidado, terapia de reposição hormonal", pontua a especialista.

De acordo com a oncologista do Grupo Oncoclínicas Belo Horizonte, a visita regular ao ginecologista é determinante para o diagnóstico precoce do câncer ginecológico. "É importante manter acompanhamento anual com o ginecologista, informá-lo sobre qualquer incômodo e realizar os exames de rastreio", orienta Maria Helena Cruz Rangel da Silva.

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