
Ainda sem cura, a esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central — cérebro, medula espinhal e nervo óptico — por meio de um processo inflamatório autoimune. Estima-se que 2,8 milhões de pessoas vivam com a doença no mundo, sendo cerca de 40 mil no Brasil. O distúrbio ocorre quando células de defesa do organismo atacam a mielina, membrana que isola e protege os neurônios, comprometendo a condução nervosa e provocando sintomas motores e sensitivos.
A neurologista Sara Martinelli, da Hapvida, explica que fatores genéticos e ambientais podem estar relacionados ao desenvolvimento da doença. “Infecções virais, obesidade, exposição ao tabagismo e a carência de vitamina D no organismo podem aumentar o risco de o indivíduo desenvolver a esclerose múltipla”, afirma.
Os primeiros sinais são variados e dependem da área do cérebro comprometida. “As principais queixas dos usuários que chegam ao consultório são: dificuldade na fala, perda da força muscular no braço ou na perna, desequilíbrio ao caminhar, raciocínio lento, formigamento, fadiga e borramento na visão”, ressalta.
O diagnóstico deve ser feito pelo neurologista, a partir da investigação clínica e de exames físicos. O acompanhamento multiprofissional também é considerado essencial. “Ter uma alimentação saudável, fazer exercícios físicos, exposição ao sol para a produção de vitamina D e não fumar são hábitos saudáveis que contam como fatores de proteção contra a doença”, finaliza a médica.