Estado de Minas CAMPANHA

Agosto Laranja alerta para diagnóstico precoce da esclerose múltipla

Movimento de conscientização chama atenção para doença autoimune e destaca hábitos de proteção e importância do acompanhamento médico


postado em 26/08/2025 10:02 / atualizado em 26/08/2025 10:10

A esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central por meio de um processo inflamatório autoimune(foto: Divulgação/Hapvida)
A esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central por meio de um processo inflamatório autoimune (foto: Divulgação/Hapvida)
Criado pela AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), o Agosto Laranja é um movimento de conscientização sobre a esclerose múltipla (EM), doença crônica e autoimune que costuma atingir pessoas entre 20 e 40 anos, com maior incidência em mulheres. A campanha reforça a necessidade da identificação e do diagnóstico precoce para conter o avanço da enfermidade.

Ainda sem cura, a esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central — cérebro, medula espinhal e nervo óptico — por meio de um processo inflamatório autoimune. Estima-se que 2,8 milhões de pessoas vivam com a doença no mundo, sendo cerca de 40 mil no Brasil. O distúrbio ocorre quando células de defesa do organismo atacam a mielina, membrana que isola e protege os neurônios, comprometendo a condução nervosa e provocando sintomas motores e sensitivos.

A neurologista Sara Martinelli, da Hapvida, explica que fatores genéticos e ambientais podem estar relacionados ao desenvolvimento da doença. “Infecções virais, obesidade, exposição ao tabagismo e a carência de vitamina D no organismo podem aumentar o risco de o indivíduo desenvolver a esclerose múltipla”, afirma.

Os primeiros sinais são variados e dependem da área do cérebro comprometida. “As principais queixas dos usuários que chegam ao consultório são: dificuldade na fala, perda da força muscular no braço ou na perna, desequilíbrio ao caminhar, raciocínio lento, formigamento, fadiga e borramento na visão”, ressalta.

O diagnóstico deve ser feito pelo neurologista, a partir da investigação clínica e de exames físicos. O acompanhamento multiprofissional também é considerado essencial. “Ter uma alimentação saudável, fazer exercícios físicos, exposição ao sol para a produção de vitamina D e não fumar são hábitos saudáveis que contam como fatores de proteção contra a doença”, finaliza a médica.

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