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Estado de Minas TECNOLOGIA

Fiat Chrysler se rende aos carros eletrificados

Compass, Renegade e 500 serão os primeiros modelos da montadora que chegarão ao mercado com motor híbrido


postado em 16/02/2020 00:24 / atualizado em 16/02/2020 23:28

Nova Fiat Strada: primeiras imagens divulgadas pela montadora mostram que a picape compacta terá design muito semelhante ao do Fiat Toro (foto: FCA/Divulgação)
Nova Fiat Strada: primeiras imagens divulgadas pela montadora mostram que a picape compacta terá design muito semelhante ao do Fiat Toro (foto: FCA/Divulgação)
A FCA - Fiat Chrysler Automóveis, inicia o ano no Brasil anunciando que irá importar três modelos eletrificados: o 500 (Cinquecento) elétrico, o Compass e o Renegade, da Jeep, com motorização híbrida. O maior, entre seis lançamentos programados para este ano, é a nova geração da picape Strada.

No balanço de 2019 a FCA informa que cresceu 14,5% e volta a ser a empresa líder do mercado brasileiro.  Dos 10 modelos mais vendidos, três são da FCA: Fiat Argo, (79.004 unidades), Fiat Strada (76.275 unidades) e Jeep Renegade (68.736 unidades). A empresa alcançou 18,7% de participação de mercado, avançando 1,2 ponto percentual no market share acumulado em comparação com 2018, disse Antonio Filosa, presidente da FCA para a América Latina.

Antonio Filosa: além dos elétricos e da nova Strada, presidente da FCA anunciou chegada de dois novos SUVs para a Fiat, que deverão estar no mercado no início de 2021(foto: Leo Lara/Divulgação)
Antonio Filosa: além dos elétricos e da nova Strada, presidente da FCA anunciou chegada de dois novos SUVs para a Fiat, que deverão estar no mercado no início de 2021 (foto: Leo Lara/Divulgação)
As duas principais marcas da FCA cresceram acima da taxa de expansão do mercado. A Fiat comercializou 366.012 veículos no ano, com um crescimento de 12,4% em relação ao volume do ano anterior. As vendas da Jeep somaram 129.483 unidades, com expansão de 21,1% na comparação com os resultados de 2018.As duas marcas ganharam participação de mercado. A Fiat encerrou o ano com 13,8% de market share, avançando 0,6 ponto percentual em relação ao ano anterior. A Jeep alcançou 4,9% de market share, também com um crescimento de 0,6 ponto percentual.

Entre os planos para este ano está também o término da nova fábrica de motores no complexo industrial de Betim e início da produção dos motores turbo 1.0 e 1.3, que irão equipar os carros da marca a partir de 2021. Há ainda planos de exportações desses motores para a Europa, na escala de 260 mil motores, o que transformará a unidade na de maior capacidade powertrain (produtora de motores) do mundo.

Além da nova Strada e dos elétricos importados, Filosa anunciou também a chegada de dois novos SUVs para a Fiat, que deverão estar no mercado no início de 2021.

Sobre o novo Fiat Strada, que será lançado ainda neste primeiro trimestre deste ano, as primeiras imagens divulgadas pela montadora mostram que a picape compacta terá design muito semelhante ao do Fiat Toro. Isso, para Filosa é a certeza de sucesso do novo produto, uma vez que a picape média da marca italiana está consagrada em vendas e aceitação e seu design ganhou vários prêmios internacionais. A nova Strada, que já está sendo chamada de mini Toro, terá motorização 1.3 e 1.4, informou Filosa.

Sobre a polêmica da edição 2020 do Salão do Automóvel de São Paulo, que corre risco de ser esvaziado diante da desistência de algumas montadoras, Filosa informou que a FCA ainda não bateu o martelo, se participa ou não. O tema será abordado em reunião com a Anfavea para uma decisão final.

Na opinião do executivo deve-se repensar a forma e o modelo dos salões de automóveis, não apenas o de São Paulo, mas de todos os grandes salões internacionais. Para ele, o aspecto tecnologia e conectividade se tornou tão forte e importante no campo da mobilidade, que transformou a feira de tecnologia CES de Las Vegas, na maior mostra automotiva do mundo. "A presença maciça de visitantes ligados ao mercado automotivo registrado na última CES nos leva a refletir se os organizadores das mostras automotivas não devem repensar o foco e a maneira de apresentar o automóvel nesses eventos", ponderou.

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