Em Minas a média por dia útil chegou a 6002 carros comercializados, já em Belo Horizonte o número foi de 1456 unidades em comparação aos de 1.379 vendidos em março. No cenário nacional, foram 52.177 veículos comercializados em comparação com 49.391 vendas no mês anterior. Os dados nacionais representam uma queda de 13,6% em comparação a março, já no cenário estadual diminuição de 7,6% enquanto na capital o valor chegou a retração aos mesmos 13,6% do país.
“Mesmo com leve retração os números seguem estáveis e sendo motivo de comemoração para o setor que previa uma queda mais expressiva nos valores depois de um ano de recordes de vendas históricos. Mesmo quem não previa comprar um seminovo passou a se interessar pela possibilidade de ter um modelo desejado sem passar pelo tempo elevado de espera e alta nos custos tanto do valor de compra quanto de impostos”, conta Glenio Junior, presidente da Associação de Revendedores do Estado de Minas Gerais (Assovemg).
No Brasil, no panorama anual, foram comercializadas 47.754 unidades/dia, representando uma diminuição de 20,3% nas vendas do ano anterior. Um fator que colaborou com a diminuição na curva de crescimento de 2022 pode estar relacionada à crise de fornecimento de insumos agravada pelo contexto da guerra Rússia e Ucrânia, além das idas e vindas das medidas sanitárias da pandemia da Covid-19.
Os veículos mais vendidos na capital são mais uma vez o Palio da FIAT encerrando o mês em primeiro lugar com 1.303 unidades, seguidos do Gol da Volkswagem com 1.184 e Uno da FIAT com 1.165 em segundo e terceiros lugares respectivamente. No estado ordem invertida com o Gol em primeiro, Uno em segundo e Palio em terceiro lugar.
Contexto ainda desafia consumidor
O setor que tem capacidade de produzir 4,5 milhões de veículos por ano, está com 50% do volume parado e deixou de produzir, só no ano passado, cerca de 350 mil unidades por falta de componentes segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Na última terça-feira (3), uma comitiva formada pela nova diretoria da Associação (ANFAVEA) e presidentes das montadoras, se reuniu com o ministro da economia Paulo Guedes, para discutir a retomada da industrialização do setor. De qualquer forma, os preços dos veículos e tempo de espera para entrega do modelo desejado, devem continuar sendo um empecilho para o mercado.
Ainda assim o setor de seminovos e usados segue como uma alternativa interessante para o consumidor que encontra pronta-entrega e preços acessíveis. A indústria automotiva tem comemorado o aquecimento nas vendas por este mercado, que bateu recordes em 2021.
O segmento, que tem impulsionado a indústria automobilística, participou da elevação de 0,34% da economia do país em fevereiro. O resultado é um avanço em relação a janeiro, mas o número continua abaixo do esperado pelo mercado. Na última segunda-feira (2), o Banco Central (BC) divulgou também o Boletim Focus, que mede a inflação no país, a previsão é de alta de 7,89%.