
O anúncio da Stellantis sobre o novo modelo Jeep para o mercado brasileiro não adianta mais detalhes, mas tudo indica que o Avenger deverá dar início à gama de eletrificados da marca no Brasil. Atualmente, o Avenger só é produzido na fábrica da Polônia nas versões 4x2 e 4x4, com motorização híbrida (a combustão e elétrica). O mais recente lançamento para o mercado europeu, há pouco mais de um mês, é o Avenger 4xe, que o mercado espera ser o escolhido para produção no Brasil a partir de 2026.

Esse conjunto dá ao Avenger 4xe a capacidade de potência de 145 hp, velocidade máxima de 194 km/h (10 km/h mais rápido do que a versão e-Hybrid 4x2). A aceleração de 0 a 100 km/h pode ser obtida em 9,5 segundos. O 4xe é a versão mais potente na linha de híbridos do Avenger, oferecendo adicionais 36 hp e 25 Nm de torque em comparação com a e-Hybrid FWD (tração dianteira), o que resulta em aceleração mais rápida e maior velocidade final, enquanto mantém “apenas um pequeno aumento na emissão de CO2”.
Além da potência, outras características do Avenger 4xe foram aprimoradas. As capacidades de manobra foram otimizadas: 22 graus de ângulo de ataque, 21 graus de ângulo de inclinação e 35 graus de ângulo de saída. A distância em relação ao solo foi também aumentada em 10 mm para 210 mm, e de profundidade de mergulho foi para 400 mm, tornando-o mais robusto e versátil do que o modelo com tração dianteira.
Um componente chave do Avenger 4xe é o redutor 22,7:1 no eixo traseiro, que transmite um elevado torque de 1.900 Nm, garantindo tração “excepcional” em superfícies mais íngremes e desafiadoras. O fabricante informa que o veículo pode enfrentar encostas de até 40% em terrenos difíceis com cascalho e manter até 20% da tração quando o eixo dianteiro tiver pouco ou nenhum atrito.
Equipado com um sistema de tração integral inteligente, o Jeep Avenger 4xe assegura que as competências 4x4 estejam disponíveis quando for preciso. Dependendo do modo selecionado, a baixa velocidade (até cerca de 30 km/h), a tração permanente é mantida com divisão 50:50 de torque. A velocidades médias (de 30 a 90 km/h), o eixo traseiro é acionado apenas quando solicitado; ao passo que a velocidades altas (acima de 90 km/h), o motor elétrico traseiro é liberado do eixo para otimização de consumo de combustível. Adicionalmente, o sistema “Selec-Terrain” permite que o condutor selecione manualmente a troca de modos para cada condição específica de dirigibilidade.
Há quem diga que o Avenger chega ao Brasil para substituir o Renegade, que completa agora 10 anos de idade. Sua linha continua atual e as vendas razoáveis, apesar de se verificar uma queda de 28,2% na comparação de emplacamentos no Brasil: foram 13.615 unidades no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano contra 18.957 unidades no mesmo período do ano passado, segundo a Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores). A que se considerar também que o Avenger é menor em dimensões e espaço que o Renegade, que já é um SUV compacto. No mercado europeu, os dois modelos ainda convivem em harmonia.