
A afirmação permanece, no entanto, muito vaga, pela falta de números e índices concretos. Questionados por nossa reportagem sobre o percentual de conteúdo nacional dos veículos neste primeiro momento e qual é a previsão de crescimento desse índice de nacionalização, a GWM, passados quatro dias de nosso questionamento, não respondeu.
Muito pressionado pelos concorrentes com relação a essa questão, a também chinesa BYD divulgou hoje que tem como meta alcançar mais de 50% de nacionalização de partes e peças até 2027. Em seminário online realizado com associados da Abipeças e o Sindipeças, a empresa lançou a campanha "BYD QUER CONHECER VOCÊ" para selecionar fornecedores brasileiros e desenvolver uma cadeia local de suprimentos para a fábrica em Camaçari (BA). O seminário online contou com a participação de quase 300 associados de dezenas de empresas brasileiras interessadas em fazer parte da cadeia de fornecimento da BYD.
“A relação apresentada às entidades já conta com centenas de demandas diretas e indiretas, contemplando componentes essenciais como para-choques, pneus e baterias”. A lista completa de peças será disponibilizada em breve aos associados do Sindipeças e da Abipeças, informou a BYD.
Responsável por vender, em 2025, 8 em cada 10 elétricos e 3 em cada 10 híbridos no país, a BYD tem hoje quase 190 concessionárias e o objetivo da marca é alcançar mais de 200 já nas próximas semanas.
A BYD reafirma que está qualificando dezenas de empresas instaladas no Brasil para fornecer peças para a sua planta no estado da Bahia. A Continental Pneus, de Camaçari, vizinha à fábrica, foi a primeira companhia oficialmente homologada.