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Estado de Minas COPA DO MUNDO

Ídolos do futebol mineiro falam sobre o mundial da Fifa

João Leite, Piazza e Reinaldo fazem encontro especial para falar sobre a importância do futebol


postado em 26/06/2014 16:26

Em encontro promovido pela TV Câmara de Belo Horizonte, três jogadores, que são ídolos do futebol mineiro – e que também já foram vereadores da capital –, se juntaram para falar sobre a importância da Copa do Mundo: Piazza, João Leite e Reinaldo. Este últimos, deixaram suas marcas no Atlético Mineiro. Já o volante Piazza, é um dos ídolos cruzeirenses.

Reinaldo, antigo camisa nove, disputou a Copa da Argentina em 1978 e jogou nas eliminatórias da Copa de 1982. João Leite, por sua vez, foi o segundo goleiro da Copa América de 1979 e o titular da seleção vice-campeã no mundialito do Uruguai de 79 para 80. É o jogador que mais vezes atuou com a camisa atleticana. Já Piazza, campeão mundial de 1970 e ex-atleta ídolo do Cruzeiro, também jogou na Copa do Mundo de 1974 e na Copa América de 75.

Para o atacante Reinaldo, o futebol colabora muito com a autoestima do brasileiro: “Depois que o Brasil ganhou a Copa de 58, os brasileiros sentiram algo que nunca tinham sentido, de serem um dos protagonistas no mundo. Com isso, o país se destacou no mundo e abriu a possibilidade para todos sonharem que, por meio do futebol, pudessem ser também vencedores".

Entretanto, João Leite e Reinaldo concordam que há necessidades mais urgentes para serem solucionadas pelo poder público do que investir em futebol, e que as pessoas estão atentas para isso. "Nós convivemos com os dois lados, o futebol e a vida pública. Não poderíamos gastar mais com o esporte do que com a saúde e a segurança, por exemplo. E as pessoas fizeram as contas. De um lado está o futebol, que elas gostam, e de outro as decisões governamentais, em que se considera que o gasto poderia ter sido menor", diz Leite.

Piazza vê os jogos como uma espécie de "despertador" para os governantes acerca dos problemas sociais. Ele poupa a Fifa que, segundo ele, visa apenas o lucro. Mas considera que o Brasil "comete um pecado" ao aportar ou facilitar recursos para instituições privadas que conseguiriam recursos sem a necessidade de ajuda do governo, no caso de eventos desse porte. Entretanto, pondera que, apesar de as questões da segurança, saúde e educação, por exemplo, não poderem ser deixadas de lado em detrimento do esporte, "este representa a saúde, a segurança, a cidadania, a formação de caráter, o princípio de ter uma sociedade bem ajustada e harmoniosa".

Os ex-jogadores também concordam que, hoje, houve uma mudança de mentalidade dos próprios jogadores, o que não existia antes: "Em 1970 nós estávamos no auge da ditadura, só que não tínhamos consciência. Hoje eu vejo vários jogadores, principalmente ex-atletas, que estão mais identificados com os problemas sociais e, evidentemente, fazendo parte como representantes da sociedade, do povo", diz Piazza.

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