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Estado de Minas SAúDE

Sabia que é possível detectar drogas e medicamentos por meio do fio de cabelo?

Os pelos do corpo "guardam" a informação do uso de narcóticos, incluindo o período em que foram usados


postado em 27/10/2014 10:34 / atualizado em 27/10/2014 11:21

Você sabia que as substâncias que ingerimos se depositam no cabelo de várias maneiras, principalmente pela corrente sanguínea, ou então pela transpiração e oleosidade da pele? Isso acontece por que cada folículo capilar tem seu próprio suprimento de sangue e, à medida que cresce, drogas, medicamentos e metabólitos são incorporados na porção interna do fio, conhecida como córtex e lá permanecem fixas.

Dessa forma, a análise de cabelo determina a presença de vestígios de drogas, localizadas no interior de seus fios. Assim como o pelo corporal, ele cresce, aproximadamente, um centímetro por mês, o que significa que uma amostra de três centímetros representa um período de aproximadamente três meses. "Conforme o cabelo cresce e, se novas doses forem ingeridas, ele passa a funcionar como uma caixa preta, que registra a história de consumo (ou abstinência) de drogas. Este atributo faz com que o principal benefício da análise seja mostrar uma tendência do hábito de uso de narcóticos", explica a farmacêutica Cristina Pisaneschi.

Mesmo quem é careca pode passar pelo exame de cabelo (queratina). Ele pode ser feito com amostras de pelos de qualquer parte do corpo, como por exemplo, da perna, braço, axila e peito. Porém, o cálculo do período de detecção para amostra desse tipo de material é diferente do cabelo, devido à sua fisiologia. O período de detecção do pelo é de duas a três vezes maior do que o cabelo. Por exemplo, para uma amostra ser representativa a um período aproximado de um ano, ela teria que ter pelo menos, 12 cm de comprimento para cabelo e 4 cm de comprimento para pelo.

De acordo com Cristina Pisaneschi, várias substâncias podem ser detectadas nos testes, dentre elas: anfetaminas, metanfetaminas, MDMA (ecstasy), benzodiazepínicos (clonazepam, diazepam, lorazepam etc); canabinóides (maconha - THC e metabólitos); cocaína (e seus metabólitos), crack; opiáceos e opióides (codeína, heroína, morfina, fentanil etc); hipnóticos e sedativos (zopiclone e zolpidem); LSD, metadona, PCP (fenciclidina), tramadol e quetamina.

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