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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Usinas eólicas devem representar 19% da produção mundial de energia, até 2030

A capacidade instalada, hoje, para produção de energia por meio de vento, pode crescer até 530% nos próximos 16 anos, segundo relatório divulgado pelo Greenpeace


postado em 23/10/2014 12:10 / atualizado em 23/10/2014 12:15

A produção global de energia eólica pode atingir 2 mil GW (gigawatts) até 2030, suprindo entre 17 e 19% da necessidade elétrica mundial, e gerando dois milhões de empregos, além de reduzir a emissão de dióxido de carbono em três bilhões de barris por ano. Esses são os dados apresentados por um estudo do Conselho Global de Energia Eólica e do Greenpeace Internacional. Para 2050, estima-se que a energia eólica seja responsável por até 30% do abastecimento mundial.

Segundo o documento, a capacidade instalada de energia originada pelos ventos totalizou 318 GW em todo mundo, no final do ano passado, o que representa 3% da eletricidade produzida no mundo. Essa capacidade deve aumentar em outros 45 GW, para um total de 363 GW, ainda em 2014. Em algumas partes do mundo, especialmente na Europa, muitas empresas vêm se opondo à energia eólica por causa dos subsídios do governo, que estaria contribuindo para um aumento crescente nas contas de energia.

"A partir da urgência em reduzir as emissões de CO2, a energia eólica surgiu como a opção de melhor custo-benefício, barateando a produção, reduzindo o nível de poluição global e garantindo o fornecimento de energia em todo o mundo", afirma Steve Sawyer, diretor executivo do Conselho Global de Energia Eólica.

A queima de combustíveis fósseis faz do setor energético o responsável por mais de 40% das emissões de CO2 e 25% das emissões totais de gases que causam o efeito estufa. Para cumprir as metas de proteção climática, os países deverão focar principalmente na produção de energia limpa. No Brasil, por exemplo, o potencial energético para a geração eólica é alto, e hoje, o país possui 205 usinas instaladas, que geram apenas 5,1 GW.

"As políticas de incentivo e as lideranças devem estar alinhadas nesse processo para que a produção de energia a partir de fontes limpas se fortaleça cada vez mais, visando alcançar um acordo climático na Conferência do Clima em 2015, em Paris", diz Sven Teske, responsável pela campanha de energia do Greenpeace Internacional.

Paea 2030, estima-se que a energia eólica no Brasil seja responsável por 11,6% da produção energética e pela criação de 17 mil empregos.


(com assessoria do Greenpeace)

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