Publicidade

Estado de Minas SAúDE

Segundo pesquisa, 47% dos usuários de álcool começaram a beber antes dos 18

Os dados apresentados pelo IBGE mostram, ainda, que 12,5% dos entrevistados consumiram bebidas alcoólicas antes dos 15 anos


postado em 10/12/2014 15:46 / atualizado em 10/12/2014 15:50

Segundo o IBGE, 47% dos brasileiros começaram a beber álcool antes dos 18 anos.
Segundo o IBGE, 47% dos brasileiros começaram a beber álcool antes dos 18 anos. "Como a bebida é socialmente aceita, se faz todo um rito de iniciação", diz ministro da Saúde (foto: Pixabay)
Cerca de 47% dos usuários de bebidas alcoólicas começaram a beber com menos de 18 anos. Isso é o que mostra os dados da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, 34,5% dos usuários tiveram o primeiro contato com o álcool entre 15 e 17 anos e 12,5%, antes dos 15.

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o mais preocupante é que esses jovens não só começaram a beber cedo, como têm feito uso abusivo de bebida alcoólica. "É preciso encarar esse uso abusivo por jovens como um problema de saúde pública. O álcool é responsável por muitas doenças e muitos problemas de saúde pública", diz.

Para Chioro, é fundamental ampliar a fiscalização aos estabelecimentos comerciais, para evitar a venda a menores de idade, já que esse comércio é proibido pela legislação. "Mas também é preciso trabalhar com as famílias, porque, muitas vezes, esse jovem tem acesso à bebida alcoólica no próprio seio familiar, nas festas. Como a bebida é socialmente aceita, se faz todo um rito de iniciação", lembra.

Outro dado apresentado pela pesquisa que, segundo o ministro, é considerado preocupante, é que 24,3% dos usuários de álcool, entrevistados pelo IBGE, assumiram já ter dirigido sob o efeito da bebida. "São mais de 30 mil óbitos por ano relacionados a acidentes de trânsito. Uma parcela considerável dessas mortes é relacionada a pessoas que ingeriram álcool ou drogas e dirigiram. Temos que trabalhar não só para fortalecer os processos fiscalizatórios previstos na Lei Seca, como desenvolver um conjunto de atividades preventivas de educação, saúde e informação", explica.

Apesar de não haver estatísticas disponíveis sobre o assunto, o ministro acredita que a proporção de pessoas que dirigiam sob efeito de álcool, antes da Lei Seca, era ainda maior. "A Lei Seca é uma proteção para a sociedade e, portanto, deve continuar", afirma.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade