
Segundo a médica, em geral, é normal sentir um mal-estar, uma dificuldade para dormir no horário habitual (o do relógio) e um pouco de sonolência diurna, enquanto o corpo se adapta. Em alguns casos, esses sintomas podem incluir alterações de humor e de hábitos alimentares. "Tudo isso acontece devido a uma mudança do ritmo circadiano [período de 24 horas] do organismo", explica. Normalmente, o processo de readaptação total do indivíduo leva quatro dias.
Porém, engana-se quem pensa que os efeitos são os mesmos sentidos pelo corpo humano durante o "jetlag", famosa fadiga de viagem ocasionada por mudanças no fuso horário. "No horário de verão, as mudanças nesse ritmo são mais suaves e não causam tantas consequências na maioria das pessoas. Já no 'jetlag’', temos uma condição menos fisiológica, que é uma consequência de alterações no ritmo circadiano, mais intenso em viagens longas em que há grandes mudanças de fuso horário".
Quem quiser evitar problemas durante esse período, Rossana Funari recomenda, na medida do possível, preparar-se para dormir, mais ou menos, no horário de sempre (do relógio). "Uma boa dica é dormir com as janelas abertas, pelo menos, nos primeiros dias para que seja possível acordar naturalmente com a claridade". Isso ajudaria na sincronização dos relógios físico e biológico. Outra recomendação é não dirigir por várias horas seguidas (por exemplo, pegar estradas), durante os dias em que a pessoa estiver mais sonolenta e fadigada.