O representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Marcelo Lavenère, disse, na audiência pública promovida pela comissão especial de reforma política, que existe uma grave crise de representação da sociedade pelos políticos. Na avaliação dele, o modelo eleitoral atual "parece ter esgotado sua capacidade de organização social" e não atende aos anseios da população.
Ele defende a aprovação do Projeto de Lei 6316/13, conhecido como Eleições Limpas. Apresentada por mais de 100 entidades, entre elas a CNBB, a proposta proíbe o financiamento de campanha por empresas; prevê eleições para o legislativo em dois turnos; maior participação feminina na política; e fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes.
"O projeto é uma colaboração ao parlamento. Não tem cor, ideologia ou religião", defende Lavenère. Além disso, a CNBB é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 344/13, que serve de base para as discussões da comissão especial da reforma política. Para Lavenère, a PEC não cumpre o seu papel pelo fato de permitir o financiamento eleitoral de empresas, acabar com o voto obrigatório e impor o voto distrital. "Infelizmente, não podemos aceitar nenhum desses três eixos".
(com Agência Câmara)
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LEGISLAÇÃO
CNBB critica pontos da reforma política
Representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil reclama principalmente do artigo que trata das doações de empresas para campanhas eleitorais
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