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Os militares devem lançar a Campanha pela Moralidade Nacional no próximo dia 19 de março, logo após a manifestação popular em prol do impeachment de Dilma. Apesar da coincidência na proximidade das datas, o Clube Militar garante que essa não foi a intenção. "Já estávamos programando a campanha antes de surgir os movimentos sociais contra a presidente. E tampouco escolhemos a data pensando no dia 31 de março [quando se deflagrou o Golpe de 1964]", diz o coronel Ivan Cosme de Oliveira Pinheiro, diretor de comunicação social da instituição militar.
Segundo o coronel, diante de tantas denúncias de corrupção, não é mais possível esperar. "Não é só uma questão política. Nossos valores estão totalmente corrompidos. Há uma sensação de impunidade no país. O bandido ataca o policial porque não tem medo das autoridades", reclama Ivan Pinheiro. O diretor de comunicação faz questão de explicar que o pedido de intervenção militar no Brasil, que tomou força nas redes sociais, "é uma loucura". "Nós vamos mostrar que a questão transcende a política. Queremos provocar debates e seminários sobre a situação do país", afirma.
Risco de golpe?
Para o cientista político Malco Braga Camargos, professor da PUC Minas, as manifestações populares fazem parte de qualquer democracia no mundo e isso não significa que resultam em impeachment. "Os 'caras-pintadas' de 1992 não foram responsáveis pelo impeachment do presidente Fernando Collor. A pressão popular faz parte de qualquer democracia. É o indicativo de insatisfação da população. Mas é preciso saber como lidar com isso. Não significa a retirada do governo eleito democraticamente. Mostra que temos algo a ser resolvido", explica o especialista.
Com relação à manifestação dos militares, o professor mostra que ela não possui representatividade na população. "Não têm importância. Pode ser militar, estudante ou empresário que não faz diferença. Uma manifestação só passa a ter importância se aglutinar um número considerável de pessoas", afirma.
Porém, mesmo que a agitação represente apenas a insatisfação dos diferentes grupos sociais, Malco Camargos lembra que sempre existe o risco de termos um golpe militar. "Quando o país está lidando com crise econômica somada a um conflito ético, existe um maior potencial para o rompimento de regras pré-estabelecidas", conclui.
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