De acordo com o médico ginecologista e obstetra Marcos Nakamura, do departamento de Obstetrícia do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, as patologias placentárias são: descolamento prematuro da placenta, placenta prévia (ou baixa) e acretismo placentário.
Entenda cada uma delas:
- Descolamento prematuro de placenta: segundo Nakamura, o problema costuma ser diagnosticado no terceiro trimestre de gravidez. Na maioria das vezes, quando o quadro é detectado, é necessário que se faça uma cesariana. Alguns fatores de risco podem desencadear o descolamento; o principal deles é a hipertensão. Traumas, como uma batida de carro, por exemplo, também podem ocasionar o problema. O sintoma é sangramento volumoso acompanhado de dor.
- Placenta prévia ou placenta baixa: "É quando a placenta se implanta na parte mais baixa do útero, podendo ocluir o colo do útero", define Marcos. A condição pode atingir diferentes níveis, e um dos principais fatores de risco é a cesariana prévia. "A cicatriz anterior provocaria uma vascularização anômala do útero e isso facilitaria a implantação da placenta naquela localização", explica. O sintoma começa com sangramentos mais leves, que vão aumentando de gravidade. Diagnosticada por meio de ultrassom, a placenta prévia requer, na maioria das vezes, um parto cesáreo.
- Acretismo placentário: acontece quando a placenta está aderida à parede do útero. Apesar de ser uma patologia rara, que ocorre em cerca de 0,2% das gestações, quando se somam dois fatores de risco – cesarianas anteriores e placenta prévia – esta probabilidade sobe para 40%. A condição, segundo Nakamura, é grave e as chances de mortalidade chegam a 7%. A cesárea é recomendada e, na maioria das vezes, é realizada a histerectomia (retirada do útero).
(com Portal EBC)