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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Belo Horizonte ganha nova Reserva Particular Ecológica

A área de proteção ambiental fica nas dependências do clube Topázio, na região norte da capital mineira


postado em 28/05/2015 17:08

A nova Reserva Particular Ecológica de Belo Horizonte fica dentro do clube Topázio, na região de Venda Nova, e possui quase 80 mil m² de área(foto: Projetosolidario.com.br/Reprodução)
A nova Reserva Particular Ecológica de Belo Horizonte fica dentro do clube Topázio, na região de Venda Nova, e possui quase 80 mil m² de área (foto: Projetosolidario.com.br/Reprodução)
Em uma era em que os recursos naturais estão cada vez mais escassos, qualquer área verde preservada é motivo de comemoração. Desta vez, Belo Horizonte acaba de ganhar mais uma Reserva Particular Ecológica (RPE), por meio do Decreto Municipal 15.956, de 8 de maio de 2015. A área com 79.821,15 m², pertence ao clube Topázio – Casa do Campo do Farmacêutico, na região de Venda Nova.

A área possui uma exuberante vegetação preservada que circunda as nascentes e a lagoa do clube, o que leva à classificação de parte da mesma como Área de Preservação Permanente (APP), conforme a Lei Federal 12.651/2012 (Código Florestal). A área restante, que não faz parte da APP, é caracterizada por expressiva área permeável com aglomeração arbórea preservada.

As RPEs são instituídas por iniciativas dos proprietários dos imóveis, que podem requisitar ao executivo a transformação do terreno nesse tipo de reserva pelo período mínimo de 20 anos, da totalidade ou de apenas parte de suas propriedades, com isenção proporcional de IPTU, uma vez identificados seus valores ambiental e ecológico, conforme estabelecidos pelas referidas leis.

Segundo o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, a reserva do clube Topázio traz um ganho ambiental inestimável para a cidade. "A Reserva Particular Ecológica mostra a importância da participação da sociedade na preservação do verde", destaca o vice-prefeito.

Para o presidente do Topázio, Rômulo Rangel, o fato de parte do clube ter sido transformado em RPE foi um ganho duplo. "A sensação da diretoria é a de dever cumprido. Com o incentivo dado pela prefeitura, com a redução do imposto, poderemos investir na manutenção do clube e, consequentemente, manter essa área preservada, que é um ganho para a sociedade", diz Rangel.

Reserva

Em vários trechos da área do clube, a vegetação arbórea é significativa, composta por espécies nativas e exóticas, sendo observadas árvores pertencentes a diferentes fitofisionomia de cerrado, como, por exemplo, ipê-amarelo, angico e pau-jacaré, com transição para mata atlântica, como guapuruvu, jequitibá, vinhático e jatobá.

Além da massa de vegetação arbórea expressiva, a nova RPE também apresenta área permeável significativa, que contribui positivamente para a integridade das áreas vizinhas, permitindo o direcionamento e a infiltração das águas pluviais e diminuindo a probabilidade de enchentes e sedimentos em forma de enxurrada.

O clube fornece abrigo e alimentação para a fauna local, sendo, portanto, sua conservação fundamental para o equilíbrio do ecossistema. A fauna local inclui espécies como quero-quero, siriema, jacu, saracura, garça branca, maritaca, esquilo, mico-estrela, tucano, pássaro-preto, cobra-coral, jararaca e teiú.

(com Ascom PBH)

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