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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Aidéticos ainda são discriminados?

Vídeo finlandês coloca em xeque a noção das pessoas sobre a transmissão da Aids e como são tratados os soropositivos


postado em 30/06/2015 12:42 / atualizado em 30/06/2015 12:46

O finlandês Janne Antin é soropositivo e fez um teste numa praça pública: divulgou ter Aids e pediu para ser tocado(foto: YouTube/Reprodução)
O finlandês Janne Antin é soropositivo e fez um teste numa praça pública: divulgou ter Aids e pediu para ser tocado (foto: YouTube/Reprodução)
Foi-se o tempo em que a Aids era uma doença desconhecida, cujo tratamento era quase inacessível. Hoje, é até estranho ouvir que uma pessoa tenha morrido em consequência do vírus HIV – com exceção dos países africanos, que sofrem com a falta de infraestrutura de combate à doença. E para escancarar o preconceito que ainda existe contra os aidéticos, um vídeo finlandês está chamando a atenção no YouTube.

Publicadas no dia 22 de junho, as imagens mostram o soropositivo Janne Antin anunciando a todos ser portador do HIV e pedindo apenas para ser tocado. O vídeo já está com mais de 2,7 milhões de visualizações. Confira:



Desconhecimento

No início do vídeo, percebe-se que muitas pessoas ignoram o soropositivo que pede apenas um abraço. Isso pode acontecer, em especial, devido ao desconhecimento das formas de transmissão da doença. Como explica o portal do Ministério da Saúde, a Aids pode ser adquirida ao se fazer sexo sem camisinha (oral, vaginal ou anal); com o compartilhando de agulhas e seringas contaminadas; de mãe para filho durante a gravidez, na hora do parto e/ou durante a amamentação.

Porém, um abraço ou aprto de mão não é fator e transmissão do vírus HIV, já que ele é transmitido por meio de fluidos corporais específicos, como sangue. "Estar perto de um portador do vírus da Aids, cumprimentá-lo com um abraço ou um beijo não é fator de contaminação; bem como ter relação íntima usando preservativo; compartilhar os mesmos pratos, talheres ou copos; ter contato com suor e lágrimas do sosropositivo; ou usar material de higiene como sabonete, toalha e lençóis", diz o portal Tua Saúde.

Em junho de 2014, o Diário Oficial da União publicou uma norma que prevê punição de um a quatro anos de prisão para as seguintes condutas discriminatórias contra soropositivos:

  • Recusar, procrastinar, cancelar ou segregar a inscrição ou impedir que permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado

  • Negar emprego ou trabalho

  • Exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego

  • Segregar no ambiente de trabalho ou escolar

  • Divulgar a condição de pessoa com HIV ou de doente de Aids, com intuito de ofender-lhe a dignidade

  • Recusar ou retardar atendimento de saúde

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