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Estado de Minas POLÍTICA

Collor critica atitude de Janot e o xinga por sussurro

O senador e ex-presidente diz que o procurador-geral da república está fazendo um 'festim midiático' e o chama de 'fi*** da p***'


postado em 07/08/2015 09:47

"Reafirmo que tudo não passa de ilações, falsas versões impingidas à opinião pública de forma a esterilizar a verdade", diz o senador Collor, sobre as denúncias de Janot (foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Divulgação)
O senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a criticar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em discurso da quarta-feira, dia 5 de agosto. Collor afirmou que Janot transforma propositalmente a Operação Lava-Jato em um "festim midiático" e que as acusações que pesam contra si na investigação são usadas pelo procurador-geral para se autopromover. Além disso, de forma estranha, o ex-presidente sussurra o palavrão "fi*** da p***", que foi captado pelo microfone do palanque.

"Desde que [Janot] se apoderou da função, vem imprimindo aos trabalhos daquele órgão um modus operandi baseado principalmente, e isso é visível, no conluio com grande parte da mídia, em que prevalece o vazamento de informações e a criação de uma narrativa, de modo a dar aparente veracidade aos fatos", afirma o senador.

Assista a um trecho do discurso do parlamentar, em que ele sussurra um palavrão:


Entre fatos que fazem parte da "sórdida estratégia", Collor citou a apreensão de três carros de luxo de sua propriedade e a citação de seu nome como coordenador de um grupo que teria movimentado cerca de R$ 26 milhões no esquema de corrupção da Petrobras entre 2010 e 2014.

"Nada tenho a ver com os fatos a mim imputados. Reafirmo que tudo não passa de ilações, falsas versões impingidas à opinião pública de forma a esterilizar a verdade, a escamotear as reais intenções midiáticas do procurador-geral e a impor a narrativa que a ele interessa".

Recondução

Collor ressalta que Janot está em campanha para ser reconduzido ao cargo de procurador-geral (seu mandato encerra-se em setembro) e que o Senado tem a palavra final sobre a indicação a ser feita pela presidente Dilma Rousseff. Ele alertou que a sociedade está atenta a esse processo.

"A responsabilidade institucional do Senado quando da apreciação do nome será ainda maior. É preciso que todos abram os olhos para muitos dos aspectos nebulosos que estão por trás dessas investigações", observa o parlamentar.

O senador também leu na tribuna uma carta assinada por servidores da Secretaria de Comunicação Social do Ministério Público e encaminhada a Janot no início de março. O documento contém questionamentos feitos pelos servidores a respeito da imagem institucional do órgão.

(com Agência Senado)

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