O anúncio fez com que os fãs ficassem empolgados, não só por ser mais um game da franquia Pokémon, mas por utilizar uma tecnologia conhecida como realidade aumentada. Isso significa que os jogadores poderão capturar os monstrinhos do desenho em ambientes reais, simplesmente apontando a câmera do smartphone ou tablet para o local onde está o personagem – simulando o efeito da pokebola.
A realidade aumentada não é uma tecnologia nova e Pokémon GO não é o primeiro game a utilizá-la. Porém, como é pouco explorada, a Nintendo está apostando nela como fator diferencial no mercado de jogos digitais. "Ao contrário de suas concorrentes, Sony e Microsoft, a Nintendo tem como prioridade a diversão e a interação, e não a qualidade gráfica. A realidade aumentada amplia, então, as possibilidades para o jogador nestes dois aspectos", analisa o professor Artur Mol, coordenador do curso de Jogos Digitais da PUC Minas. "Isso reflete um pouco da cultura japonesa, que vê os videogames como objeto de diversão em família, e não um aparelho para jogar sozinho", completa.
Confira abaixo ao vídeo (em inglês) anunciando o novo jogo para dispositivos móveis:
O professor comenta, ainda, que a intenção da empresa japonesa ao aplicar uma tecnologia diferente em Pokémon GO é uma estratégia de mercado, e está relacionada ao desejo dos fãs de estarem dentro do universo da animação feita para TV.
Sobre o lançamento de games com realidade aumentada se tornar uma tendência a partir de Pokémon GO, Artur Mol diz que ainda é cedo para dizer. "Vai depender do comportamento da nova geração de jogadores. Se bem aceita, certamente, a tecnologia pode passar a fazer parte da estratégia de outras empresas para o mercado de jogos digitais", finaliza o especialista.