O novo cartão se chama Registro de Identidade Civil (RIC) e possui um chip interno onde serão gravadas diversas informações do cidadão, como por exemplo, nome, sexo, data de nascimento e CPF (como já acontece nos cartões de crédito).
Confira um dos polêmicos vídeos usados por conspiradores:
"O intuito é transformar qualquer documento em um registro só. Você teria as informações centralizadas e armazenadas. A gente ainda está discutindo a possibilidade de isso ser feito pela justiça eleitoral", diz a presidente em uma entrevista concedida logo após a entrega de casas do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, em Rio Branco, no Acre. Aliás, o vídeo com essa fala de Dilma foi usado pelos teóricos da conspiração para forjar a suposta implantação de biochips nos brasileiros.
O novo sistema de identificação está em processo de implantação desde 2010, mas ainda não saiu da fase de testes. Segundo dados do Ministério da Justiça, a previsão é que a novidade esteja disponível somente em 2019.
Biochip
Muito se teme sobre a implantação de chips em humanos. Esse passo já foi dado por meio da tecnologia RFID (identificação por radiofrequência). Algumas pessoas já implantaram sob a pele uma peça, de tamanho semelhante a um grão de arroz, que permite certos "poderes", como abrir portas e catracas apenas aproximando as mãos.
A "mágica" funciona graças à indução magnética. O biochip tem um código que é lido quando se aproxima de um transmissor. O que as empresas tecnológicas estão de olho é na possibilidade de avançar com esse sistema e ser possível a implantação de um GPS. Isso poderia ajudar, por exemplo, a evitar sequestros. Porém, a ideia ainda parece estar longe de ser concretizada, como explica o professor de engenharia de computação Júlio César Conway.
"Para desenvolver o GPS é preciso um receptor com uma antena e um satélite para mandar as informações. Embutir isso no ser humano ainda é inviável. Precisaria de uma bateria muito grande e de um processador, uma espécie de CPU. Precisa de mais pesquisas, mas nada é impossível", afirma o especialista em tecnologia.