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Estado de Minas SAÚDE

Estudo descobre bactéria capaz de inibir o vírus da Aids

O micro-organismo pode ser encontrado na região vaginal e também em alguns tipos de iogurte


postado em 16/10/2015 16:48

A bactéria Lactobacillus crispatus, encontrada na vagina e no iogurte, pode ser usada para combater o vírus HIV(foto: Popsci.com/Reprodução)
A bactéria Lactobacillus crispatus, encontrada na vagina e no iogurte, pode ser usada para combater o vírus HIV (foto: Popsci.com/Reprodução)
Um estudo realizado pela Universidade de Michigan, dos Estados Unidos, pode representar uma luz no fim do túnel contra a atuação do vírus HIV nas mulheres. Os pesquisadores descobriram uma bactéria chamada Lactobacillus crispatus, que pode ser encontrada no iogurte e na região da vagina, e que seria capaz de proteger o corpo do contato com os agentes invasores. Os estudos ainda são preliminares e exigem novas etapas para confirmar a tese.

Para desvendar qual bactéria protegia o corpo do contato com o HIV, os cientistas coletaram amostras do muco cervical de 31 mulheres. Em seguida, os estudiosos perceberam que as amostras com concentrações elevadas do Lactobacillus crispatus capturaram o vírus HIV de maneira mais eficiente. Consequentemente, a maioria não foi infectada pela doença.

Segundo o médico Agnaldo Lopes, presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais, existem vários fatores capazes de deixar as mulheres suscetíveis ou não à infecção pelo HIV. Algumas são mais vulneráveis ao contato com o vírus, seja por questões imunológicas, inflamatórias ou outros elementos.

O ginecologista conta não é novidade a informação de que a flora vaginal da mulher é povoada por lactobacilos, mas, até então, não se tinha conhecimento dos tipos específicos. "É um estudo importante, porque chama a atenção, pela primeira vez, para um lactobacilo que pode proteger contra a infecção pelo HIV", afirma o especialista.

No entanto, o médico ressalta que ainda é preciso avançar muito para que a bactéria seja realmente utilizada no controle da Aids. "São necessários novos estudos para confirmar esses achados. O outro ponto é saber como podemos utilizar essa bactéria do ponto de vista clínico", destaca Agnaldo Lopes.

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