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Estado de Minas CIDADANIA

ONU: 60% das mulheres vítimas de violência não buscam ajuda

As informações presentes no relatório das Nações Unidas mostram que nos últimos 20 anos houve melhora na condição de vida das mulheres, em diversos setores, mas a violência ainda é preocupante


postado em 21/10/2015 13:39

Segundo relatório da ONU, o total de casamentos infantis diminuiu apenas 5% entre 1995 e 2010, sendo mais comum em países do sul da Ásia e da África Subsaariana(foto: UN Photo/Kibae Park/Reprodução)
Segundo relatório da ONU, o total de casamentos infantis diminuiu apenas 5% entre 1995 e 2010, sendo mais comum em países do sul da Ásia e da África Subsaariana (foto: UN Photo/Kibae Park/Reprodução)
Segundo o relatório Mulheres do Mundo 2015, lançado na terça, dia 20 de outubro, pelas Nações Unida (ONU), a vida das mulheres melhorou em vários setores nos últimos 20 anos, mas muitas continuam sendo vítimas de violência e de outras injustiças. O documento traz exemplos de avanços e de desigualdades, e mostra que a taxa de mortalidade materna caiu 45% entre 1990 e 2013.

Educação

O total de meninas matriculadas no ensino primário é praticamente universal. Mas entre 58 milhões de crianças fora da escola, mais da metade são meninas e a maioria vive na África Subsaariana e no sul da Ásia.

Segundo o relatório, mais de um terço da mulheres do mundo já sofreram violência física ou sexual em algum momento da vida. Mas cerca de 60% das mulheres vítimas de violência não reportam o caso nem buscam ajuda.

Mercado de trabalho

O total de casamentos infantis diminuiu apenas 5% entre 1995 e 2010, sendo uma prática comum em países do sul da Ásia e da África Subsaariana. Sobre carreiras, o relatório informa que apenas 50% das mulheres com idade apropriada estão trabalhando, e no caso dos homens, o índice é de 77%.

O salário das mulheres equivale entre 70% a 90% do que ganham os homens e elas passam em média três horas a mais por dia cuidando de tarefas domésticas ou da família.

Brasil

Na maior parte do mundo, as mulheres continuam tendo uma voz desigual nas esferas pública e privada. Apenas 19 países têm uma mulher como presidente ou primeira-ministra, incluindo o Brasil. Nos parlamentos, a média de representação feminina é de 22%.

O relatório Mulheres do Mundo é preparado a cada cinco anos pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas. O secretário-geral destaca que alcançar a igualdade de gênero é essencial, como definido nos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Ban Ki-moon afirma que "sem direitos iguais na lei e na prática, não será possível cumprir a Agenda 2030".

(com Portal EBC e Rádio ONU)

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