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Estado de Minas SAÚDE

A flibanserina, ou 'Viagra feminino', realmente funciona?

Substância foi feita para regular o humor, mas vem sendo usada por mulheres para recuperação da libido


postado em 28/01/2016 08:21 / atualizado em 28/01/2016 15:42

O problema para se criar um medicamento similar ao Viagra, para as mulheres, é que são várias as causas da perda da libido, segundo o sexólogo(foto: Pixabay)
O problema para se criar um medicamento similar ao Viagra, para as mulheres, é que são várias as causas da perda da libido, segundo o sexólogo (foto: Pixabay)
Uma substância que era usada para regular o humor vem sendo associada à recuperação da libido feminina. A flibanserina já foi liberada nos Estados Unidos e reacendeu a esperança das mulheres em poder contar com um medicamento para tratar a disfunção sexual. O produto ganhou o apelido de "Viagra feminino" ou "Viagra rosa", mas, possui ação diferente da famosa pílula azul.

Enquanto o Viagra facilita a irrigação sanguínea, responsável pela ereção masculina, a flibanserina age no sistema nervoso, provocando uma alteração no humor – o que incluiria também a libido. Neste caso, o medicamento, chamado de Addyl, também poderia ser usado por homens. "A única semelhança com o Viagra é que foram descobertos ao acaso", afirma o sexólogo Gerson Lopes, membro da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais.

Mito ou verdade?

O sexólogo Gerson Lopes tem realizado palestras pelo Brasil com o tema Flibanserina: Solução ou Ilusão?. O especialista revela que  "torce" para estar errado, "mas está muito mais para ilusão. Não vai ser uma revolução sexual". Segundo ele, é importante investir em pesquisas que foquem no prazer sexual da mulher, mas os desafios são muito maiores em relação aos estudos direcionados aos homens. "Em geral, o problema de libido feminino é multicausal, está ligado a diversos fatores, é mais complexo", garante o especialista.

Vetado no Brasil

Nos primeiros testes nos Estados Unidos, a substância foi reprovada pela FDA (Food and Drug Administration), órgão governamental responsável pelo controle dos alimentos, suplementos alimentares e medicamentos. Porém, depois de novos estudos, ela foi aprovada em agosto do ano passado. No Brasil, o Addyl ainda não tem a comercialização liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cuidados

O medicamento pode apresentar efeitos colaterais como tontura, sonolência, queda de pressão arterial e desmaio. O produto, por enquanto, é direcionado para mulheres na pré-menopausa (entre 40 e 50 anos).

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