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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Especialista fala sobre as novas Barbies Fashionistas, com cabelos, peles e tamanhos diversos

Elas podem ajudar as crianças a crescerem mais conscientes, desde que os pais também atuem, diz psicólogo


postado em 29/01/2016 16:00

As novas bonecas da série Barbie Fashionistas pretendem 'conscientizar' as crianças sobre os diferentes tipos de pessoas que existem no mundo(foto: Facebook/oficialbarbiebrasil/Reprodução)
As novas bonecas da série Barbie Fashionistas pretendem 'conscientizar' as crianças sobre os diferentes tipos de pessoas que existem no mundo (foto: Facebook/oficialbarbiebrasil/Reprodução)
Após 55 anos de existência, a boneca mais famosa da história ganhou novas formas. A Barbie com corpo magro, cabelos louros e olhos azuis não é mais o único modelo disponível para venda. Em breve, chegarão às lojas bonecas negras, com cabelos crespos, olhos castanhos e corpos com formas mais evidentes. O lançamento das novas Barbies foi anunciado, na quinta-feira, dia 28 de janeiro, por Evelyn Mazzocco, vice-presidente da Mattel – empresa americana responsável pela fabricação do brinquedo.

Em comunicado oficial, a executiva afirma que, com as novas Barbies, a empresa demonstra o "apreço" pelos consumidores: "Acreditamos que temos uma responsabilidade perante as meninas e seus pais, de refletir uma visão mais ampla de beleza", diz Evelyn Mazzocco.

A Barbie, a partir de agora, poderá ser encontrada em quatro tipos de corpos, sete tons de pele, 22 cores de olhos e 24 estilos de cabelo. Será que, com todas essas mudanças, as crianças passam a se ver mais representadas no brinquedo? Como isso afeta o comportamento infantil?

Segundo o psicólogo Gilberto Diniz, ao brincar, as crianças têm, inevitavelmente, o hábito de se imaginar no papel das bonecas. Logo, diz ele, as mudanças na Barbie são positivas sob esse ponto de vista. "Com brinquedos projetados mais próximos da realidade humana, existe uma maior identificação por parte da criança. Isso contribui para um crescimento mais consciente, no que diz respeito à pluralidade", explica o especialista.

No entanto, o psicólogo reforça que, se o conceito de diferença não for abordado em casa, por meio de iniciativas dos pais e de outros membros da família, a criança, certamente, vai crescer preconceituosa.

Para Gilberto Diniz, a iniciativa da Mattel ao lançar as novas bonecas Barbie tem grande chance de ser uma estratégia puramente comercial, mas, independentemente das questões de mercado, é válida sob o ponto de vista social. "As crianças devem ser educadas para respeitar as nossas várias identidades físicas, étnicas e culturais. Os brinquedos têm um papel importante no aprendizado, e mudanças como as que estamos vendo nas Barbies devem caminhar em conjunto com uma boa educação e orientação por parte dos pais", avalia o psicólogo.
Como mostra o psicólogo, não basta que se dê uma boneca 'politicamente correta' à criança, se ela não recebe educação social em casa(foto: Facebook/oficialbarbiebrasil/Reprodução)
Como mostra o psicólogo, não basta que se dê uma boneca 'politicamente correta' à criança, se ela não recebe educação social em casa (foto: Facebook/oficialbarbiebrasil/Reprodução)

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