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Estado de Minas SAÚDE

Fiocruz estuda se pernilongo pode transmitir o zika vírus

Fundação Oswaldo Cruz criou uma pesquisa para saber se há relação entre o Culex e o zika vírus


postado em 01/02/2016 17:17 / atualizado em 01/02/2016 18:31

O mosquito Culex, também conhecido como pernilongo, está sendo estudado pela Fiocruz para saber se é transmissor do zika vírus(foto: Tomdiazgunsandgangs.com/Reprodução)
O mosquito Culex, também conhecido como pernilongo, está sendo estudado pela Fiocruz para saber se é transmissor do zika vírus (foto: Tomdiazgunsandgangs.com/Reprodução)
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estudam se a bactéria usada no Aedes aegypti para evitar a transmissão da dengue impede também a propagação do zika vírus. Desde 2014, os pesquisadores usam os chamados "mosquitos do bem" como um meio natural de controle da dengue.

São insetos criados em laboratório, que não têm capacidade de transmitir a doença. De acordo com o pesquisador Luciano Moreira, que coordena o projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, não se trata de modificação genética.

Hoje o projeto é testado na cidade de Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da capital fluminense, e em Jurujuba, Niterói. Luciano Moreira explica que estudos internacionais tiveram resultados positivos. "Pode demorar anos para que a tecnologia seja usada em grande escala", diz o pesquisador.

Se o prazo não é muito animador, outro estudo pode revelar desafio ainda maior. O departamento de entomologia da Fiocruz testa se o mosquito Culex, conhecido popularmente como pernilongo ou muriçoca é co-responsável pela epidemia do zika vírus.

A coordenadora da pesquisa, Constância Ayres, diz que o motivo da investigação é rapidez com que o vírus se propagou. Ela explica que saber qual o agente transmissor é fundamental já que os hábitos do pernilongo e do Aedes aegyti são bem distintos. "Ainda é cedo para mudanças de estratégia", completa Ayres.

De acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 3 milhões e 4 milhões de pessoas do continente americano devem pegar zika apenas em 2016.

(com Radioagência Nacional)

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