
São insetos criados em laboratório, que não têm capacidade de transmitir a doença. De acordo com o pesquisador Luciano Moreira, que coordena o projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, não se trata de modificação genética.
Hoje o projeto é testado na cidade de Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da capital fluminense, e em Jurujuba, Niterói. Luciano Moreira explica que estudos internacionais tiveram resultados positivos. "Pode demorar anos para que a tecnologia seja usada em grande escala", diz o pesquisador.
Se o prazo não é muito animador, outro estudo pode revelar desafio ainda maior. O departamento de entomologia da Fiocruz testa se o mosquito Culex, conhecido popularmente como pernilongo ou muriçoca é co-responsável pela epidemia do zika vírus.
A coordenadora da pesquisa, Constância Ayres, diz que o motivo da investigação é rapidez com que o vírus se propagou. Ela explica que saber qual o agente transmissor é fundamental já que os hábitos do pernilongo e do Aedes aegyti são bem distintos. "Ainda é cedo para mudanças de estratégia", completa Ayres.
De acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 3 milhões e 4 milhões de pessoas do continente americano devem pegar zika apenas em 2016.
(com Radioagência Nacional)