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Estado de Minas FUTEBOL

Ídolos de Atlético e São Paulo, Cerezo e Doriva fazem raio-x do confronto

Os jogadores atuaram pelos dois clubes e falam sobre o jogo válido pelas quartas-de-final da Libertadores


postado em 11/05/2016 08:27

Toninho Cerezo (esq.) e Doriva, ídolos de Atlético Mineiro e São Paulo, falam sobre o jogo desta noite entre as duas equipes brasileiras, pela Copa Libertadores(foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press e Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Toninho Cerezo (esq.) e Doriva, ídolos de Atlético Mineiro e São Paulo, falam sobre o jogo desta noite entre as duas equipes brasileiras, pela Copa Libertadores (foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press e Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Quis o destino que os sobreviventes brasileiros na Copa Libertadores 2016 se enfrentassem nas quartas-de-final da competição. Dois gigantes, camisas "pesadas", torcidas apaixonadas, e uma rivalidade que se acirrou nos últimos anos. Roteiro perfeito para os amantes do futebol. Atlético Mineiro e São Paulo iniciam um duelo de 180 minutos nesta quarta-feira, 11 de maio, às 21h45, no estádio Morumbi.

Sortudos daqueles que puderam escrever suas histórias em passagens pelos dois clubes. É o caso de Doriva e Toninho Cerezo. Eles conhecem bem os pontos fortes de cada lado e sabem da grandeza desse confronto. O retrospecto recente pesa em favor do Atlético, que em 2013 eliminou o Tricolor Paulista nas oitavas-de-final da Libertadores. Já no quesito tradição, a equipe paulista leva vantagem, com três conquistas da competição, contra uma do Galo.

Cerezo

Como era de se esperar, o craque diz que ficará dividido e não arrisca um palpite. Ele ressalta o entrosamento do Galo, mas alerta para o bom momento são-paulino. "O Atlético vem mantendo um padrão de jogo, com um time que vem jogando junto há mais tempo. Já o São Paulo vem evoluindo. Quando começou a competição, ele era considerado carta fora do baralho, mas, agora, cresceu. É um jogo aberto", destaca Toninho Cerezo.

O ex-jogador afirma que não poderá acompanhar de perto as decisões porque estará na Itália em compromissos particulares. Ele garante, no entanto, um grande espetáculo. "Os torcedores ficarão muito felizes com a partida. Jogo de gente grande", comenta o ídolo das torcidas tricolor e alvinegra.

Do Galo para o Mundial do São Paulo

Os saudosos torcedores dos anos 1970 e 1980 certamente devem se lembrar da classe que Cerezo esbanjava dentro de campo. Um dos principais jogadores da história do Atlético, conquistou nove títulos pelo clube, entre os anos de 1974 e 1983. Despediu-se como atleta aos 42 anos de idade, na Copa Centenário de Belo Horizonte, em 1997.

Pelo Tricolor, Cerezo também ficou marcado positivamente. Foi contratado em 1992 e logo de início participou da conquista do Mundial Interclubes. No ano seguinte, comandou a equipe no bi da Libertadores e do Mundial.

Doriva

O atual técnico do Bahia também fica "em cima do muro". Para ele é 50% de chance para cada lado. "O São Paulo se recuperou muito bem, conseguiu resultados expressivos na Libertadores e fica muito forte quando está confiante. O Atlético renovou o elenco, tem jogadores rodados. Não dá para cravar um favorito", afirma o ex-jogador.

Doriva destaca que as duas equipes são técnicas e sabem tocar bem a bola. De acordo com ele, Pratto e Robinho podem decidir em favor do Galo. Pelo lado paulista, o treinador aposta em Ganso e Calleri.

Sobre as torcidas, Doriva traça um paralelo. "Quando se trata de Libertadores, a torcida do São Paulo se inflama, lota o Morumbi e cria uma atmosfera perfeita para vencer os jogos. Já a torcida do Galo é extraordinária, apaixonante. Só quem trabalha no Atlético pode vivenciar isso. Na minha época, quando a coisa não começava a andar em 10 minutos, a torcida já pedia aquele jogador, o 'raça'", brinca o ex-atleta.

Do São Paulo para a Libertadores do Galo

Revelado pelo São Paulo, Doriva foi peça fundamental nas conquistas tricolores da Libertadores e do Mundial Interclubes de 1993. Com a camisa alvinegra, ele atuou entre os anos de 1995 e 1997 e em pouco tempo caiu nas graças da torcida. Campeão das Copas Conmebol e Centenário em 1997, o volante disputou 143 partidas e marcou seis gols. Doriva foi vendido para o Porto (Portugal) pela quantia de US$ 4 milhões, na época.

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