
O telescópio espacial Kepler, que foi lançado em 2009, monitorou 150 mil estrelas em busca de sinais de corpos celestes em suas órbitas, particularmente aqueles que poderiam ser capazes de sustentar a vida. A descoberta atual da Nasa se baseia em dados colhidos pelo telescópio entre 2009 e 2013, enquanto ele monitorava um pequeno pedaço do universo, entre as constelações de Cisne e Lira.
O Kepler consegue capturar sinais discretos de possíveis planetas, por meio da observação do escurecimento da luz das estrelas, que é conhecido como trânsito: cada vez que um planeta passa orbitando diante dela, tampa parte da luz. Este fenômeno é similar à passagem de Mercúrio na frente do Sol.
"Desde a descoberta dos primeiros planetas fora do nosso sistema solar, há mais de duas décadas, os pesquisadores analisam individualmente cada 'planeta suspeito'", explica a Agência Espacial Norte-Americana, em comunicado enviado à imprensa.
De acordo com a Nasa, a nova descoberta inclui cerca de 550 corpos que poderiam ser planetas rochosos como a Terra, levando em conta o tamanho. Nove desses planetas orbitam a zona habitável de seus sistemas solares, ou seja, estão a uma distância que permite a existência de água em estado líquido. Esses nove exoplanetas potencialmente habitáveis se somam aos 21 outros já conhecidos por orbitarem zonas habitáveis de suas estrelas.
O primeiro planeta fora do nosso sistema solar foi descoberto em 1995, por Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, na Suíça. O exoplaneta orbitava ao redor da estrela Pégaso-51, a 50 anos-luz de distância da Terra. Segundo os pesquisadores, ele é composto por gases e tem metade do tamanho de Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar. Uma volta completa do planeta ao redor da estrela dura apenas 4,2 dias, por causa de sua proximidade.
(com Portal EBC)